Por que o 20 de novembro e não o 13 de maio

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Hoje é dia
13 de maio e, para além da mística em torno das sextas-feiras 13, viemos aqui
para trazer uma posição à respeito da data em que a Lei Áurea foi assinada, em
1888. Em muitas redes municipais e estaduais o dia de hoje é tratado como um
marco do fim da escravidão. Entretanto, o movimento negro reivindica o dia 20
de novembro como data de comemoração e reflexão acerca da resistência da
população escravizada no Brasil.

Isso porque
a história aponta a Lei Áurea como uma concessão e não coloca o negro como
protagonista na luta contra a escravidão. A Lei também libertou apenas 5% da
população de escravizados, os demais conquistaram a liberdade por meios
próprios, com fugas, formação de quilombos, organização de irmandades para
compra de alforria, entre outros.

O dia 20 de
novembro é referência para o movimento negro porque a data celebra a resistência
empreendida pelo Quilombo de Palmares, uma construção de vanguarda no seio da
sociedade escravagista. Palmares existiu por mais de cem anos, congregando não
somente negros escravizados em busca de liberdade, mas também povos nativos e uma
parcela da população branca em condição de pobreza, perseguida e explorada pela
estrutura escravocrata.

Esta data
lembra mais que a morte de Zumbi, o último grande líder de Palmares, mas a memória
da resistência da população negra no Brasil.

Para marcar
a história de resistência do movimento negro, a Associação Capoeira Angola
Dobrada (Acad) promove uma roda de capoeira nesta sexta-feira (13), às 19h. A
atividade acontece na sede da Acad do bairro Campo Comprido (Rua Edmar Ernsen, 281, próximo ao terminal de ônibus do Campo
Comprido).

Oficinas

Nas próximas semanas tem oficina de capoeira nas escolas e também na
Acad. Confira as datas:

18/5 – Escola Municipal CEI Rita Anna de Cassia (Rua Fortaleza, 1629 –
Cajuru). Das 9h às 11h.

18/5 – Escola Municipal Wenceslau Braz (Rua O Brasil para Cristo, 2090 –
Boqueirão). Das 14h às 16h.

25/5 – Oficina na Acad. Das 9h às 11h e das 14h às 16h. Continuidade da
confecção do berimbau e aula.

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