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Abril Azul: Desafios da inclusão de pessoas com TEA nas escolas de Curitiba

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Neste mês de abril, o SISMMAC se une às ações da campanha nacional Abril Azul para conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em Curitiba, por exemplo, ainda há muitos desafios a serem superados para que as crianças com TEA sejam incluídas na sociedade e nas escolas.

A questão da inclusão de pessoas com TEA é um assunto complexo e que demanda muitos esforços para ser efetivado. Um dos principais desafios enfrentados é a necessidade de uma rede pública de saúde que funcione de forma interdisciplinar, possibilitando diagnósticos precoces e oferecendo terapias adequadas para cada caso. Isso porque, muitas vezes, a detecção precoce do transtorno é fundamental para um tratamento adequado e para que a criança possa ter um desenvolvimento mais saudável.

Outro desafio importante é a falta de apoio emocional e financeiro aos pais, que muitas vezes se veem perdidos diante das dificuldades enfrentadas pelos filhos com TEA.

A inclusão escolar também é um desafio significativo, uma vez que a concepção adotada pela Secretaria Municipal de Educação (SME) é limitada, porque deixa um número significativo de autistas sem garantia do direito ao acesso a um profissional de apoio especializado para auxiliar na adaptação escolar.

Além disso, o único Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (CMAEE Ceetea) está localizado longe dos bairros periféricos, dificultando o acesso dos pais que moram distantes das regiões centrais da cidade.

Isso sem mencionar a falta de psicólogos e fonoaudiólogos nos CMAEEs, que seriam importantes complementos para a atuação pedagógica.

As salas de aula superlotadas também contribuem para que os autistas se desorganizem e dificultam a ação pontual dos professores, que muitas vezes se sentem impotentes e desmotivados diante dos desafios da inclusão.

Para superar esses obstáculos, é necessário visibilizar a questão do autismo e discuti-la com base na realidade concreta, sem despersonalizar os sujeitos da inclusão (profissionais da educação, pais e estudantes) ou destituí-la das condições estruturais da escola.

É fundamental enxergar o autismo como uma condição legítima e plena de possibilidades a ser estimulada na escola, garantindo o acesso a um ambiente inclusivo e acolhedor.

Diante desses desafios, o SISMMAC se soma à luta do Abril Azul e destaca a importância de se avançar na inclusão de pessoas com TEA em Curitiba. É preciso um esforço conjunto de todas as esferas da sociedade para garantir a inclusão e os direitos das pessoas com TEA.

Além disso, é importante destacar a importância da conscientização da população sobre o autismo e suas particularidades. A falta de informação sobre o assunto muitas vezes leva a preconceitos e dificulta a inclusão de pessoas com TEA na sociedade. É necessário, portanto, promover campanhas e ações que visem informar e sensibilizar a população sobre o autismo e a importância da inclusão social.

Outro ponto fundamental é a necessidade de investimento em políticas públicas que visem a inclusão e o acolhimento de pessoas com TEA. Isso envolve desde a ampliação da rede pública de saúde, com mais profissionais e recursos para o diagnóstico e tratamento do autismo, até a criação de mais centros de ensino estruturado para o transtorno em diferentes regiões da cidade, garantindo o acesso e a inclusão de crianças autistas.

Também é importante investir em capacitação e formação para as profissionais da educação, para que possam estar preparadas e capacitadas para lidar com as particularidades dos alunos com TEA em sala de aula, contribuindo para um ambiente mais inclusivo e acolhedor para todas e para todos.

Por fim, é preciso destacar a importância da participação ativa da sociedade civil na luta pela inclusão de pessoas com TEA. É preciso pressionar o poder público e garantir a implementação de políticas públicas voltadas para a inclusão e acolhimento de pessoas com autismo.

Fonte: SISMMAC

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