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LRCOM: informações desencontradas estão dificultando a organização das escolas e dos CMEIs

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debate sobre austeridade fiscal e remuneração

O município de Curitiba está realizando sua integração ao LRCOM do Sistema Estadual de Educação, nesse início de segundo semestre. Segundo o Departamento de Planejamento, Curitiba é a única cidade que ainda não realizou essa integração.

Sabemos que gestões empresariais e gerencialistas, como as que estão à frente da Secretaria de Educação do estado e do município de Curitiba, tendem a utilizar ferramentas desse tipo para imprimir controle e vigilância ao trabalho pedagógico. Portanto, todas as situações precisam ser consideradas pelo sindicato e pela categoria.

Como já ocorreu em outros momentos, as orientações que chegam nas unidades são conflitantes, especialmente pelo fluxo que se estabelece entre SME-Núcleos Regionais-unidades educacionais, causando muita confusão, transtorno e ansiedade aos profissionais do magistério envolvidos no processo. Vejamos alguns dos problemas:

1) As escolas municipais não possuem internet que permita que profissionais da educação se mantenham conectados em todos os seus ambientes para realizar a chamada online. Muitos profissionais foram, inclusive, aconselhados a utilizar seus próprios dados móveis.

2) A SME enviou orientações para o preenchimento das chamadas online sem garantir formação quanto ao uso dos tablets e da ferramenta/aplicativo do LRCOM. Nem mesmo as equipes dos núcleos regionais tiveram formação antes que a orientação chegasse nas unidades. Apenas um material com prints do passo a passo foi enviado para as escolas.

3) O aplicativo já utilizado na rede estadual do Paraná foi implantado nas escolas municipais, sem considerar a realidade das escolas, suas etapas e modalidades, impossibilitando o preenchimento, especialmente para Educação Infantil e Educação Especial.

4) As informações chegam em momentos muito distintos. São dias que separam a chegada das informações quando comparamos os núcleos, parece que não se trata da mesma rede de ensino.

5) Num primeiro momento, as unidades foram orientadas para que os profissionais do magistério fizessem chamadas retroativas, considerando o mês de junho. A informação que circula no momento é que não seria para realizar chamada retroativa. Também informaram para preencher chamada da pré-escola, e declinaram da orientação.

6) Qual a necessidade de diferentes professores preencherem quatro ou, até, cinco vezes a chamada da mesma turma? Nossa avaliação é que só burocratiza a rotina da escola.

7) Houve informações de que a frequência do professor estaria vinculada à realização da chamada. A própria SME, em tratativa com o SISMMAC, disse que isso não procede.

8) Uma outra questão diz respeito às pedagogas ou secretárias de escola ficarem responsáveis por preencher o LRCOM, em caso de faltas das profissionais responsáveis pelas turmas. Essa prática é inviável, uma vez que faltam pedagogas (a PMC não faz procedimento interno para o provimento dessa função desde 2011).  Além disso, há uma clara desvinculação da natureza do trabalho realizado por profissionais da pedagogia escolar, uma vez que estes estão nas unidades para articular o processo pedagógico, já tão prejudicado pelo gerencialismo e pela burocratização adotada por esta gestão da SME.

 

9) Também seria responsabilidade da secretaria da escola o preenchimento de chamada dos alunos, no caso de falta dos profissionais da educação. Temos várias escolas onde os vice-diretores e diretores já denunciam que assumem tarefas de secretários de escola, porque não têm esse profissional no quadro da escola.

 

As informações que nos foram repassadas apontam que 2022 seria utilizado como teste, para que em 2023 o sistema pudesse ser, de fato, implementado. Também destacaram que os problemas que surgirem serão enviados para a Celepar/Estado do Paraná, para que o sistema atenda às especificidades do município de Curitiba.

Desde o início do semestre, o SISMMAC tem mantido tratativas com a gestão Educacional e com o Departamento de Planejamento. Na sexta-feira (5), a SME enviou e-mail com novas informações às unidades educacionais.

Em 11 de agosto, dia em que teremos mais uma rodada de negociação com o RH/SME, pautaremos os problemas trazido ao SISMMAC pelas profissionais que estão no chão da escola. Nesse ínterim, é importante que as profissionais não usem seus dados móveis, não façam a chamada retroativa, não preencham o LRCOM (algumas escolas não iniciaram) e, principalmente, não realizem atividades fora do seu horário de trabalho.

 

Fonte: SISMMAC

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