Os trabalhadores dos Correios de todo o país estão em greve desde 30 de junho. O motivo é o golpe contra os trabalhadores que a direção da empresa deu após fechado o acordo firmado em abril.
A ECT não cumpriu vários pontos do acordo, entre eles a incorporação do adicional de risco, a negociação do plano de carreira e a revisão da distribuição da participação nos lucros.
Para se ter uma idéia, os diretores dos Correios fizeram a partilha do PLR (Participação nos Lucros e Resultados) pagando a si mesmos valores acima de R$ 20 mil. O presidente nacional da empresa, Carlos Henrique Custódio, teria recebido cerca de R$ 44 mil. Já a maioria dos trabalhadores recebeu valores inferiores a R$ 400. Há casos de trabalhadores que receberam R$ 140.
De acordo com o Sintcom-PR, Custódio está tentando desfigurar o adicional de risco, criando uma série de “critérios” de desempenho, produtividade e faltas, ainda que justificadas por atestado médico. O objetivo seria inviabilizar o direito.
Outra crítica ao presidente da ECT é que ele tenta impor um PCCS à categoria sem negociar com os trabalhadores.