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Trabalhadores dos Correios aprovam indicativo de greve para o dia 18

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No dia 10 de setembro, os trabalhadores dos Correios do Paraná rejeitaram a proposta apresentada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e aprovaram indicativo de greve para o dia 18, quando uma nova assembleia será realizada.

O indicativo de greve estava marcado para 11 de setembro, de acordo com o calendário da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). Entretanto, a maior parte dos sindicatos de base filiados à Federação ficaram indecisos depois que sindicatos ligados ao governo resolveram adiar a deflagração da greve, gerando confusão no conjunto da categoria.

Conduzidos pelo PCdoB e pela Articulação Sindical – corrente que dirige hegemonicamente a Central Única dos Trabalhadores –, cerca de 15 sindicatos optaram por adiar a deflagração da greve para o dia 18 ou dia 25 de setembro no intuito de não desgastar o governo Dilma com mais uma paralisação, no ano que já registra a maior greve da educação da história do país.

Os sindicatos do Rio de Janeiro e São Paulo, sob direção do PCdoB, reúnem 40% da base dos trabalhadores dos Correios de todo o Brasil. Preocupados com a fragilidade da greve sem a adesão dos trabalhadores desses estados, os demais sindicatos filiados à Fentect construíram a posição de também encaminhar o indicativo de greve para o dia 18.

Os trabalhadores dos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e Pará mantiveram a decisão inicial, independentemente da posição dos demais sindicatos, e deflagraram greve no dia 10 de setembro.

O movimento dos trabalhadores dos Correios enfrenta cenários complicados como esse porque muitos ex-sindicalistas, que antes estavam à frente dos sindicatos, mudaram de lado e hoje ocupam cargos no governo e na direção da Empresa. A fragmentação do movimento sindical nessa categoria reforça a importância de nos mantermos autônomos em relação a partidos políticos e independentes frente a patrões e governos.

Campanha Salarial
Em Campanha Salarial desde o início de agosto, os ecetistas reivindicam 43,7% de reajuste – 33,7% que correspondem a correção das perdas da última década e 10% de aumento real -, fim da sobrecarga de trabalho e das terceirizações e contratação imediata de 30 mil trabalhadores.

Entretanto, a ECT tem agido com descaso e atacado os trabalhadores na mesa de negociação. Até o momento apresentou uma proposta rebaixada, que inclui apenas 5,2% de reajuste e a retirada de direitos em relação ao Plano de Saúde. Algo com o qual os trabalhadores do serviço público municipal também têm sofrido no último período com a situação do ICS. O que nos mostra que, quando oportuno, o patrão se arma para retirar os benefícios mais essenciais conquistados com a luta dos trabalhadores, como é o caso da saúde.

Como forma de mobilizar e informar a categoria, o grupo de oposição ao Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Resistência com a Base, tem percorrido todos os locais de trabalho e Curitiba e Região Metropolitana com materiais que abordam o andamento das negociações em Brasília.

Além disso, o Resistência com a Base também realizou um ato na Feirinha do Largo da Ordem no dia 26 de agosto, como forma de informar a população sobre as condições de trabalho dos profissionais dos Correios e tudo a que estão submetidos para que as correspondências cheguem até as nossas casas.

Vamos apoiar a luta dos trabalhadores dos Correios e oferecer a nossa solidariedade de classe!

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