• Home
  • »
  • Geral
  • »
  • Sobrecarga e desvio de função dos pedagogos são provas de que a Prefeitura não prioriza o acompanham

Sobrecarga e desvio de função dos pedagogos são provas de que a Prefeitura não prioriza o acompanham

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
reuniaopedagogas08052012

Sobrecarga de trabalho, tarefas que não competem à função, falta de tempo para planejamento e formação… Esses são apenas alguns dos problemas diários que as pedagogas e pedagogos do magistério de Curitiba enfrentam. Na última terça-feira (8), esses trabalhadores se reuniram no SISMMAC para discutir a realidade atual e as possíveis ações para avançarmos em nossos direitos.

As pedagogas listaram uma série de precariedades nas suas atuais condições de trabalho, a começar pela sobrecarga de tarefas. Para a Prefeitura não parece urgente rever o número de alunos que cada pedagoga deve atender. Chegamos ao absurdo de termos escolas onde uma pedagoga deve acompanhar o processo educacional de 600 crianças.

Muitos desses profissionais também cumprem funções que fogem da área pedagógica – como fazer curativos nas crianças ou trabalhos burocráticos. Mesmo com direito à hora-atividade, muitos pedagogos não conseguem tempo para planejar e organizar suas tarefas por causa do acúmulo de funções.

Prefeitura deve rever cursos, funções pedagógicas e portaria de dimensionamento
Outra reclamação das pedagogas é a maneira como funcionam os cursos de formação da Prefeitura. Eles são obrigatórios, mas muitas vezes são realizados fora do horário de trabalho. Durante a reunião das pedagogas, foi encaminhado que o SISMMAC envie um ofício à Prefeitura questionando essa obrigatoriedade.

As pedagogas e pedagogos também reivindicam que a Prefeitura reveja a portaria de dimensionamento com urgência, para que sejam adotados outros critérios de divisão de alunos para acompanhamento por profissional. Atualmente as pedagogas devem acompanhar um determinado número de alunos, mas não é levado em consideração se essas crianças estão na educação infantil, educação integral ou alunos de inclusão, por exemplo.

Quanto às funções extras que os pedagogos desempenham nas escolas, é obrigação da administração municipal deixar claro quais são as tarefas de cunho pedagógico e garantir que esses profissionais não tenham que cumprir outras funções. No decreto nº 762 de 03/07/2001 – que aprova especificações, atribuições e tarefas no magistério municipal – conta como função do pedagogo cumprir “atividades correlatas”, mas não fica claro o que são essas atividades e, por isso, impõe-se, cada vez mais, atividades que não são relacionadas à pedagogia.

Pedagogas farão lista de atividades que desempenham nas escolas
O debate mais aprofundado das funções que os pedagogos estão desempenhando será feito na próxima reunião, que será realizada no dia 28 de maio, às 18h30, na sede do SISMMAC.

Até lá, as pedagogas e pedagogos farão uma lista com todas as funções que desempenham na escola. Discutiremos o que é e o que não é função desses profissionais do magistério e como atuar para acabar com a sobrecarga de trabalho e desvios de função, garantir a hora atividade e para termos nossos direitos respeitados.

A união das pedagogas e pedagogos pode parecer mais difícil porque apenas um ou dois desses profissionais atuam em cada escola. Isso pode passar a impressão de que eles estão isolados e dê que é mais difícil se organizar. Mas na reunião realizada no SISMMAC, as pedagogas puderam ver na prática que é possível sim se organizar e lutar por direitos específicos para essa parcela do magistério. Devemos lutar não apenas para solucionar casos individuais nas escolas, mas garantir direitos para todas as pedagogas e pedagogos!

Participe das próximas reuniões! Essa luta também é sua!

Posts Relacionados