Na tarde da última sexta-feira (13), o SISMMAC realizou uma reunião em sua sede com vereadoras de Curitiba e com representantes da direção do SISMUC para discutir alternativas e estratégias conjuntas diante do cenário cada vez mais crítico da educação especial e inclusiva no município.
Hoje, a rede municipal de ensino enfrenta um grave déficit de mais de 4 mil profissionais de apoio, o que compromete diretamente o atendimento de crianças com deficiência e neurodivergentes nas escolas. Nos CMAEEs, a situação também é alarmante. As equipes foram reduzidas à pedagogas e professoras especialistas, e desde 2017 não contamos mais com profissionais da saúde das áreas de psicologia e fonoaudiologia. A rede de saúde pública não supre essa lacuna: filas de espera para atendimentos em neurologia e neuropediatria se estendem por anos.
Diante desse cenário, serão apresentadas proposições legislativas pelas vereadoras, pedidos de informação à Prefeitura e a organização de uma audiência pública com pais, mães e responsáveis por crianças com deficiência e neurodivergentes, além de instituições como o Ministério Público, a Defensoria Pública, os Conselhos Tutelares e demais órgãos do sistema de garantia de direitos.
Mais do que levantar um diagnóstico, o objetivo da audiência é fortalecer a articulação entre diferentes frentes para garantir o direito à inclusão com qualidade e condições dignas de trabalho para educadoras e educadores, evitando o adoecimento no magistério.
Essa é uma pauta que o SISMMAC tem tratado com seriedade, compromisso e combatividade. Seguiremos mobilizados e convidamos todo o magistério a participar dos próximos passos dessa construção coletiva. Porque inclusão de verdade exige investimento, valorização profissional e respeito às crianças.