No dia 20 de junho os servidores municipais de Curitiba representados pelo Sismuc vão paralisar os serviços por 24 horas. O dia de mobilização é a resposta que esses funcionários darão ao pacote que o prefeito Luciano Ducci lançou em maio, em solenidade no Teatro Guaíra.
A principal medida anunciada à grande maioria dos servidores não passou de uma mudança na gratificação por produtividade (PPQ). Antes não descontavam, mas agora passam a pagar a Previdência
Por este motivo, a reivindicação principal é a luta por valorização salarial por meio da incorporação das remunerações variáveis.
O Sismmac apoia esta luta e convoca os professores municipais a prestar todo auxílio para que a mobilização dos funcionários de escolas e das demais unidades educacionais seja bem sucedida.
O objetivo desses servidores é fazer com que os valores sejam incorporados na íntegra para as aposentadorias e demais reflexos e evitar que parte dos vencimentos sejam utilizados como mecanismo de punição aos servidores. Atualmente, em média quase metade dos ganhos mensais da categoria são variáveis e dependem de avaliações de desempenho realizadas pela chefias.
Os trabalhadores avaliam que os projetos apresentados recentemente pelo prefeito são discriminatórios. Cerca de 95% da categoria ficou de fora dos do chamado “pacotinho” de Ducci. Um estudo do Dieese aponta que a contribuição previdenciária sobre o valor de R$ 250,00, a cada 5 anos de contribuição, representa apenas 16,67% do valor para as Mulheres (R$ 41,67) e 14,28% para os Homens (R$ 35,71) na aposentadoria.
Para a diretoria do Sismuc, a proposta também fere o princípio da isonomia em relação a outros servidores que incorporarão a integralidade das gratificações ao vencimento, portanto, integralmente aos proventos, independente do tempo de contribuição. Pela proposta do prefeito, apenas médicos, fiscais de tributos e procuradores terão este direito.
A paralisação inicia zero hora do dia 20. Uma concentração da categoria está programa para iniciar 8 horas, em frente à sede da prefeitura. À tarde uma caminhada seguirá até à câmara municipal. O sindicato também pretende organizar os servidores para que mantenham um contingente mínimo nos locais de trabalho para orientar e prestar informações para a população.
Amanhã um comunicado oficial do sindicato será enviado para a prefeitura informando sobre a deliberação. A expectativa da diretoria do Sismuc é repetir o que houve em 2009, quando mais de 5 mil servidores paralisaram os serviços e fizeram uma passeata que tomou as principais ruas do centro de Curitiba.
Matéria do Dept. de Comunicação do Sismmac sobre reportagem de Guilherme Gonçalves, do Sismuc