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Servidores enfrentam filas e longo tempo de espera no ICS

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Na última terça-feira (9), quem precisou recorrer ao pronto-atendimento do ICS teve que esperar, em média, duas horas para ser examinado. O número reduzido de médicos disponíveis agravou o desconforto vivido por quem precisa de um atendimento de saúde: muitos servidores tiveram que esperar em pé porque não havia cadeiras suficientes para todos.

A professora Alessandra Coelho, da escola Heráclito Fontoura Sobral Pinto, procurou o pronto-atendimento com suspeita de conjuntivite. Apesar de a doença ser classificada como infectocontagiosa, a professora teve que aguardar o atendimento em pé, junto aos demais servidores.

“O que nós esperamos do ICS é um atendimento com melhor qualidade, mais médicos para atender o pessoal e agilizar o atendimento. Muitas vezes somos tratados como se estivéssemos aqui só para pegar o atestado, somos examinados em, no máximo, 10 minutos”, critica Alessandra.

Já a professora Tatiana Cabreira Conci, do CAIC Bairro Novo, foi até o pronto-atendimento por causa da dor intensa que sentia na perna. Tatiana explica que tentou antes agendar uma consulta diretamente com um clínico-geral, mas que o sistema eletrônico do ICS indicou não existir qualquer vaga disponível.

“É normal encontrar essa fila no pronto-atendimento do ICS porque é muito difícil conseguir consultas na rede. Se houvesse mais médicos e mais vagas para consultas com os clínico-gerais esse PA não estaria tão cheio”, defende.

Demora também nas consultas e exames
Os problemas do ICS, entretanto, não se resumem apenas à demora do pronto-atendimento. Uma professora que preferiu não se identificar conta que fez uma radiografia da coluna, mas que, mesmo com o exame pronto, não conseguiu agendar consulta com o especialista porque não há vaga disponível no sistema.

“Estou tentando há mais de um mês marcar consulta com um reumatologista, é impossível agendar pelo telefone e, pela internet, avisa que não tem vaga. Quem trabalha de manhã e a tarde não tem tempo para esperar tanto só para agendar uma consulta”, reclama.

As professoras relataram que enfrentam pelo menos três meses de espera entre o agendamento da consulta e a realização efetiva do exame nas especialidades atendidas pelo ICS.

“Em abril, tentei agendar um ortopedista para a minha filha, mas só consegui vaga para julho. Se ela tivesse algum problema sério, teria que esperar. O mesmo aconteceu com o alergologista [especialista em alergias], marquei em julho uma consulta que só vai acontecer em setembro. O atendimento no ICS já foi muito melhor, hoje em dia está muito demorado”, conta Tatiana.

Defesa do ICS
Apesar das dificuldades enfrentadas cotidianamente, as professoras entrevistadas foram unânimes na posição de que é preciso defender a continuidade e o fortalecimento do ICS. “Temos que defender que sejam contratados mais profissionais para o Instituto porque ele é nosso. O ICS foi construído pelos servidores que vieram antes de nós e hoje nós ajudamos a mantê-lo”, reafirma a professora do CAIC Bairro Novo.

O SISMMAC defende a necessidade de lutar ativamente para que o ICS volte a atender os professores ativos e aposentados com mais qualidade e que garanta atendimento para todas as especialidades. O ICS já foi um dos melhores centros de atenção à saúde de Curitiba, mas devido à redução do investimento da prefeitura a qualidade do atendimento está sendo constantemente prejudicada. A defesa do ICS e luta pela contratação de mais profissionais e por mais investimentos públicos para o Instituto serão uma das pautas prioritárias da nova gestão do Sindicato.

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