Os professores e demais servidores de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, realizam hoje (26) um dia de paralisação. Os trabalhadores estão mobilizados contra a política de retirada de direitos imposta pelo prefeito Olizandro Ferreira (PMDB).
Alegando problemas financeiros, a prefeitura congelou o salário dos servidores municipais, se recusa a repor até mesmo a inflação do último ano e suspendeu os crescimentos e benefícios previstos no Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV).
A manifestação serve como um sinal de alerta ao prefeito. É um aviso de que os trabalhadores do serviço público de Araucária não aceitaram esse ataque. Em assembleia realizada no último dia 24, os professores municipais definiram que, se não houver negociação por parte da Prefeitura, a categoria dará início a uma greve por prazo indeterminado.
Todo apoio a luta dos servidores municipais de Araucária! O SISMMAC manifesta sua solidariedade ativa de classe a essas trabalhadoras e trabalhadores que não se calaram e que enfrentam com coragem esse ataque aos seus direitos. A Prefeitura de Araucária deve manter o orçamento destinado aos serviços públicos que são ofertados a população trabalhadora!
Crise em Araucária
A Prefeitura tem divulgado que, de 2012 para 2013, Araucária vai perder R$ 45 milhões em receita por causa da queda na arrecadação de impostos.
A previsão tem feito a administração municipal “apertar os cintos” e cortar despesas. Entretanto, ao invés de cortar onde há desperdício de recursos a Prefeitura está tentando empurrar a conta da crise para os servidores municipais.
Além de se recusar a pagar o reajuste salarial para recompor as perdas geradas pela inflação, a administração também suspendeu os direitos previstos no PCCV.
Depois que os professores começaram a se mobilizar e a cobrar outras saídas para a crise, a Prefeitura reduziu o número de cargos comissionados em 20%. Entretanto, ainda permanecem cerca de 260 cargos, que pesam cerca de R$ 1,5 milhão na folha de pagamento, por mês.