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Servidores da saúde realizam paralisação de 12h

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25 de junho foi um dia de luta para os servidores estaduais da saúde! Trabalhadores de 10 grandes hospitais mantidos pelo governo do estado cruzaram os braços na última terça-feira para cobrar melhores condições de trabalho e valorização salarial.

Durante a paralisação, que durou 12 horas, os servidores permaneceram em frente às unidades de saúde e conversaram com a população para explicar os motivos da mobilização. No Hospital do Trabalhador, os servidores decidiram paralisar as atividades por uma hora e realizaram uma passeata pela Avenida República Argentina, fechando o trânsito para mostrar sua indignação e para dialogar com a população.

Essa é a segunda manifestação realizada pelos servidores da saúde no mês de junho. No dia 4, trabalhadores de pelo menos cinco grandes hospitais e das regionais de saúde de Cianorte e de Apucarana cruzaram os braços para pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria.

O descaso do governo com a infraestrutura e com a qualidade do atendimento prestado nos hospitais públicos é o estopim dessas manifestações. Apesar de manter um canal de negociação com o Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do (Sindsaúde), que representa a categoria, o governo não avança na garantia de melhores condições de trabalho e se recusa até mesmo a cumprir o que já está assegurado em lei. Esse é o caso da jornada de 30h, que é assegurada por diversas leis federais aos profissionais da saúde. Em 2005, o então governador Roberto Requião cassou esse direito através do Decreto 4.345, obrigando todos os servidores a cumprir 40h. No discurso, o governo de Beto Richa diz ser favorável a jornada de 30h, mas nada faz para que esse direito, que representa a melhoria da qualidade do atendimento nos hospitais públicos, volte a ser respeitado no Paraná.

Entre as reivindicações da categoria, está a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Os trabalhadores também lutam pela contratação dos concursados para diminuir a sobrecarga, reajuste salarial de 24%, transformação do vale-transporte em auxílio transporte em dinheiro para todos e pelo aceite da declaração médica sem necessidade de reposição de horário.

Negociação com o governo e próximos passos
Durante o período da manhã, enquanto acontecia a paralisação dos servidores, o governo recebeu representantes do Sindsaúde para debater as reivindicações da categoria. Prevaleceu a postura de sempre: muito discurso e poucas ações que de fato valorizem os servidores.

O principal avanço foi o compromisso de aceitar que as declarações médicas voltem a valer como atestados, garantindo assim que os trabalhadores não tenham que repor o horário em que estiveram em consulta.

A categoria se reúne em assembleia no próximo sábado (29), para decidir os próximos passos do movimento.

O SISMMAC manifesta seu apoio e sua solidariedade ativa de classe às trabalhadoras e trabalhadores da saúde! É só através da luta e da mobilização que começa a partir dos locais de trabalho que conseguimos pressionar os patrões e exigir melhores condições de trabalho e de vida! Todo apoio à luta da saúde!

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