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Servidores da educação denunciam falta de EPIs e condições sanitárias

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20210812_realidade

No mundo de faz de conta das propagandas de Greca, o retorno
às aulas presenciais da rede municipal de Curitiba acontece sem problemas. Mas,
a realidade do chão de escolas e CMEIs é o oposto. As denúncias vão desde a
falta de água e de EPIs até
falhas na notificação de casos nas unidades.

Problemas com EPIs

Um dos problemas é com relação aos jalecos para berçários e
maternais I previstos pela gestão e que não chegaram a todos os CMEIs
. O SISMMAC e o SISMUC acompanham de perto a situação nas unidades educacionais e no
levantamento feito pelos sindicatos, nenhum dos CMEIs contatados havia recebido
os jalecos até essa quarta (11). Mesmo assim, a secretária de Educação foi às
redes sociais mostrar uma entrega simbólica de jalecos feita a um CMEI. Só que
uma entrega simbólica não protege todos os trabalhadores!

Outro problema diz respeito às máscaras distribuídas, que
são de péssima qualidade
. Os trabalhadores denunciam que as máscaras têm pouca durabilidade
e os elásticos estouram com facilidade. Além disso, como apurado pelo jornal
Plural, os alunos da rede municipal voltaram a receber máscaras que já tinham
sido reprovadas nas análises feitas a pedido do SISMMAC e do SISMUC no Instituto
de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da USP
e que mostraram que o efeito de filtragem
foi de apenas 48,1%, abaixo do mínimo de 70% indicado pelo órgão brasileiro de
padronização técnica, a ABNT.

São várias as unidades educacionais que relatam problemas, o
que confirma o descaso e o desrespeito da gestão Greca quando se trata da saúde
e da segurança da comunidade escolar. Com tantos meses de ensino remoto, a
gestão teve todas as condições de planejamento para garantir as condições para
um retorno seguro, mas
faltou vontade e bom-senso!

Medidas Preventivas

Além dos EPIs, há outras medidas que são indispensáveis para
a proteção da vida e da saúde de trabalhadores, estudantes e familiares. A
ventilação dos ambientes e o distanciamento adequado entre os alunos são tão
importante quanto o uso da máscara e do álcool em gel.

Na
última terça (10), a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) publicou nova
normativa diminuindo o distanciamento entre alunos dentro da sala de aula de
1,5m para 1 metro. O governador Ratinho Junior alegou que a medida foi possível
porque aumentou o número de pessoas vacinadas, porém desconsidera que jovens e
crianças ainda não foram vacinados e também correm risco de contaminação pelo
novo coronavírus e podem ser transmissores da doença. O protocolo de retorno às atividades
presenciais na rede municipal de ensino de Curitiba prevê o distanciamento de
1,5m e vamos continuar cobrando para que esse distanciamento seja mantido para
proteção e segurança dos trabalhadores e comunidade atendida.

Não aceite
que essa distância seja desrespeitada na sua unidade! Se tiver problemas no seu
local de trabalho ou casos de Covid-19, denuncie pelo Whatsapp: (41)
99988-2680.

Falta de água

Os problemas enfrentados no início do ano com o
abastecimento de unidades nos dias de rodízio se repetem.
Algumas unidades têm
que improvisar para tentar seguir os protocolos sanitários sem nem um pingo de
água na torneira. Agora, com o novo rodízio mais rigoroso (36 horas com água e
36 sem) o problema deve se agravar ainda mais.

Essa realidade contrasta com a megaoperação para lavagem da
estufa do Jardim Botânico apresentada pela Prefeitura nesta semana. As
prioridades do desgoverno Greca ficam bem visíveis: os pontos turísticos valem
mais do que as condições de segurança para a educação de crianças e
adolescentes.

Caminhões-pipa estão sendo usados para levar água dos poços
artesianos perfurados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente até o Jardim
Botânico para garantir a lavagem. Mas, em várias denúncias de falta de água nos
equipamentos da rede municipal, tanto da educação quanto de outros setores
essenciais como a saúde e
assistência social, o abastecimento por caminhão pipa não teve a mesma
agilidade.

Casos em alta

Outra história que só existe no faz de conta de Greca é a de
que a pandemia na cidade está sob controle.
Com o avanço da vacinação, a cidade
realmente teve uma redução no número de novos casos e na taxa de transmissão do
vírus, só que agora esses números já voltaram a crescer, graças à rápida difusão da variante Delta.

A
gestão ainda chegou a usar a experiência das atividades presenciais nas 100
unidades do projeto Leia+ para propagandear que o retorno presencial seria
seguro
,
uma justificativa bem distante da realidade atualmente, já que o número de
estudantes presentes nas unidades é muito maior com a retomada das aulas
presenciais em toda a rede municipal de ensino.

O resultado é que na primeira semana de aulas os sindicatos
já estão recebendo denúncias de contaminação nos locais de trabalho.
São várias unidades que já informaram casos positivos aos
sindicatos, que estão acompanhando cada caso para verificar se as medidas
necessárias estão sendo tomadas pela gestão.


ainda o problema das unidades em que a Prefeitura tenta abafar os casos de
Covid-19. Os Núcleos Regionais estão solicitando que os casos não sejam
divulgados pra não gerar pânico, mas isso vai contra os protocolos de
prevenção
. O rastreamento dos casos ativos é uma das principais armas para o
combate à disseminação do vírus e sem a transparência nas informações, toda a
comunidade está em risco.

Essa série de denúncias só demonstra o descaso de Greca e
seu desgoverno com os serviços públicos essenciais para a população.
A gestão
teve bastante tempo para se organizar para a retomada das aulas presenciais e
havia tempo suficiente para garantir que todas as unidades recebessem os EPIs
adequados e tivessem os ajustes estruturais necessários. Mesmo assim, o
desgoverno Greca continua no seu mundo de faz de conta, fazendo propaganda nas
redes sociais, enquanto na ponta os trabalhadores da educação se esforçam para
garantir que a educação chegue a crianças e adolescentes, mesmo sem a estrutura
e o suporte
adequados para isso.

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