Seminário indica greve geral para barrar a Reforma da Previdência

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20170304seminario
Unificar as ações de resistência
e avançar na construção da necessária greve geral contra a Reforma da
Previdência. Esse é a conclusão do seminário Reforma ou o Fim da nossa
Aposentadoria?
. Após um dia de muita formação e
debates sobre os ataques que ameaçam nossos direitos, cerca de 120
trabalhadoras e trabalhadores de diferentes categorias saem do seminário mais
informados e mais fortalecidos para avançar na resistência contra a tentativa
de desmonte da Previdência.

O principal encaminhamento é a
construção de um dia de luta unificado no dia 15 de março, com panfletagens,
greves e mobilização contra a Reforma da Previdência. Os oito sindicatos que
organizaram conjuntamente o seminário manterão a unidade em outras ações de
resistência, como  anúncio em outdoors de uma campanha contra a Proposta de
Emenda à Constituição nº 287.

Quem sabe mais luta melhor!

#@arq339@#O seminário desmascarou as mentiras
divulgadas para tentar justificar o desmonte da Previdência Social. Rodrigo
Ávila, economista da Auditoria Cidadã da Dívida, trouxe dados que comprovam que
o suposto “rombo” divulgado pelo governo não existe. O que existe, na verdade,
são as consequências dos desvios feitos com a Desvinculação de Receitas da
União (DRU) e com isenções às grandes empresas. Segundo levantamento da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), as dívidas de grandes empresas e bancos com o INSS totalizam R$ 426 bilhões, o que  equivale a três vezes o chamado déficit da Previdência em 2016.

Os investimentos destinados à
Previdência Social não são excessivos, como propagandeia o governo. O
investimento no setor corresponde a 7,5% do PIB, enquanto a Itália investe 16%
e Portugal 13%.

Os dados apresentados pela
professora Rivania Moura também desmentem o mito de que os brasileiros se
aposentam muito cedo. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), 80% dos trabalhadores que hoje estão aposentados continuaram
trabalhando, mesmo após cumprir os critérios exigidos, por causa dos baixos
salários.

Além de aumentar a idade mínima
para 65 anos, a proposta do governo quer exigir 49 anos de contribuição para
que pagar todo o valor do benefício. Também querem mudar a base de cálculo para
reduzir o valor da aposentadoria de todos os trabalhadores. A segunda palestra
do dia, intitulada “Como a reforma da previdência afeta todos os trabalhadores”
analisou o impacto de cada uma das mudanças propostas.

A proposta de equiparar a idade
mínima para aposentadoria entre homens e mulheres é um ataque violento, pois as
mulheres já trabalham mais do que o dobro que os homens de forma não remunerada
ao arcar com o peso do trabalho doméstico.

Se a Reforma da
Previdência for aprovada, as trabalhadoras do comércio e da indústria terão que
trabalhar, no mínimo, cinco anos a mais. As servidoras públicas e trabalhadoras
rurais terão que trabalhar mais 10. Já as professoras, que perderiam a
aposentadoria especial, terão que trabalhar mais 15 anos.

Diante da gravidade dos ataques, é necessário organizar a resistência e preparar uma grande greve geral, que pare todos os locais de trabalho, desde as fábricas até as escolas. O dia 15 de março será mais um momento importante dessa construção. Além dos trabalhadores em educação, outras categorias profissionais preparam mobilizações e atos para esse dia. É preciso lutar agora para impedir que acabem com a aposentadoria para essa e as próximas gerações!

Posts Relacionados