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Seminário de Educação Inclusiva inicia debate sobre reivindicações e projeto de educação defendido p

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O I Seminário de Educação Inclusiva, realizado pelo SISMMAC nos dias 23 e 24 de novembro, reuniu cerca de 30 professoras que vivenciam na prática as possibilidades e limitações da política de inclusão pensada para o município de Curitiba.

O evento foi organizado pelo SISMMAC com a contribuição das profissionais da rede que atuam na Educação Especial e, em especial, daquelas que estão lotadas nos CMAEs. Ao longo dos dias de Seminário, qualificamos nossa Pauta de Reivindicações no que se refere às condições de trabalho e avançamos também na discussão sobre o projeto de educação que queremos construir para as filhas e filhos do conjunto da classe trabalhadora.

A palestra de abertura do Seminário contou com a participação da coordenadora do Curso de Graduação em Letras/Libras da Universidade Federal do Paraná, Sueli Fernandes, e do diretor administrativo do Instituto Paranaense de Cegos, Enio Rosa. Os palestrantes analisaram o panorama das políticas públicas voltadas para a Educação Especial em âmbito nacional, estadual e municipal. Em seguida, foi realizada uma mesa para apresentação de relatos das experiências e desafios vividos pelos profissionais da rede.

“A iniciativa do Seminário foi muito importante. A programação da sexta-feira foi excelente, com palestrantes de diferentes perfis. O Sindicato deve continuar realizando atividades como essa, incentivando que as pessoas debatam e participem porque esse é um assunto que precisa ser esgotado”, avalia a pedagoga Noemilis Saad, da Escola Municipal Darcy Ribeiro.

No dia 24, a programação do Seminário trouxe como enfoque a análise das condições concretas que trabalhadores da educação possuem para desenvolver todas as etapas do processo de ensino-aprendizagem de maneira realmente inclusiva.

Além de debater o funcionamento dos CMAEs, os profissionais presentes também analisaram as demandas atribuídas à Educação Especial e Inclusiva, considerando a realidade das suas diferentes modalidades, de acordo com os estabelecimentos de ensino, e inicaram a elaboração dos itens da Pauta de Reivindicações que tratam da Educação Especial.

Avaliação do Seminário
Para o professor Enio Rosa, a realização do Seminário foi um passo importante que deve marcar o início de um processo contínuo de estudos sobre a educação especial. “É necessário que o Sindicato paute e questão da inclusão permanentemente. É muito positivo que o SISMMAC tenha organizado esse Seminário, principalmente nesse momento da conjuntura municipal”, avalia.

Suely Fernandes, que atuou como professora da rede municipal de Curitiba entre 1987 e 2008 e hoje é docente na UFPR, também avaliou como positiva a realização do Seminário por trata-se de uma discussão organizada “de baixo para cima”, a partir da visão dos trabalhadores sobre o processo de inclusão.

“É a primeira vez que uma iniciativa de formação é pautada pelo movimento sindical por fora da institucionalidade. Além de trazer uma perspectiva de fora da visão institucional, esse tipo de formação vem carregada da crítica formada a partir do que é vivido na prática dos professores; é a contraposição do que diz a política pública com a sua realização na prática”

Para a docente, o tema da inclusão tem centralidade na organização da escola hoje e deve ser debatida pelo conjunto dos trabalhadores da educação. “Hoje, toda responsabilidade do processo de inclusão está centrada na prática do professor. Com o debate, conseguimos revelar quais são as condições concretas que possibilitam a inclusão: tecnologia, acessibilidade, políticas de formação continuada, recursos orçamentários. O professor tem amor, mas para além disso é preciso ter condições concretas e saber como fazer”.

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