Em meio a novos escândalos de corrupção no governo de Jair
Bolsonaro, novamente envolvendo o Ministério da Educação (MEC), trabalhadores e
movimentos sociais voltarão às ruas de todo o Brasil para mais um ato contra o
aumento dos combustíveis e do gás, a fome, o desemprego e as políticas que
estão destruindo os serviços públicos e os direitos da população.
Realizada simultaneamente em dezenas de capitais e municípios
brasileiros, a mobilização também acontecerá em Curitiba, com concentração a
partir das 14h30, na Praça Generoso Marques.
Além das denúncias de corrupção e do absoluto descaso com a educação,
o dia nacional de mobilizações também irá às ruas pela revogação das Reformas
Trabalhista e da Previdência, e contra a aprovação da Reforma Administrativa,
que pretende desmontar definitivamente todas as bases das políticas públicas voltadas
às áreas sociais no país.
As políticas econômicas irresponsáveis e privatistas do Governo
Federal também serão alvo de protesto, diante do aumento da inflação, dos
preços dos combustíveis e do custo de vida que sufoca os brasileiros cada vez
mais.
A organização da manifestação recomenda o uso de máscaras no
transporte de ida e volta e durante o evento.
Logo na educação?
Enquanto Bolsonaro segue mentindo sobre as vacinas, atacando a Democracia
e as instituições, os combustíveis e a inflação não param de subir, trazendo de
volta a fome, o desemprego e a miséria ao cotidiano de milhões de pessoas. Ao
mesmo tempo, o governo, que ataca a educação e os professores desde seu começo,
agora transformou o setor em um grande balcão de negócios escusos.
Investigações apontam a existência de dois grandes esquemas de
corrupção dentro do governo Bolsonaro. Um deles seria operado pelo agora
ex-ministro Milton Ribeiro, que afirmou em uma conversa (cujo áudio se tornou
público) que o presidente da República lhe pediu para atender aos “pedidos
especiais” de pastores que são acusados de pedir propina em dinheiro e em
barras de ouro, em troca de liberação de recursos do MEC para prefeituras.
Ouça aqui: https://www.youtube.com/watch?v=1Yv9x5AtpEQ
Apesar dos esforços de Bolsonaro para manter Milton no cargo (na
tentativa de não desagradar seu eleitorado religioso), o então ministro pediu
para sair para não prejudicar a campanha do presidente à reeleição.
Já outro escândalo foi flagrado pelo jornal O Estado de São Paulo,
que identificou a existência de superfaturamento de R$ 732 milhões na compra de
ônibus escolares em uma licitação bilionária com recursos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), comandando pelo ministro Ciro Nogueira e por
Valdemar da Costa Neto, padrinhos políticos de Bolsonaro no partido PL, para
onde o presidente migrou recentemente. Quando perguntado sobre o assunto,
Bolsonaro respondeu “deixa acontecer”.
Depois da denúncia, os políticos que comandam o FNDE reduziram os
preços por ônibus, mas ainda assim deixaram acima do valor de mercado. O
Tribunal de Contas da União (TCU) teve que suspender a licitação para evitar o
mau uso do dinheiro público.
Bolsonaro mentiu inúmeras vezes que ia acabar com a “mamata”: cabe
ao povo e aos movimentos sociais, agora, acabar de vez com seu governo e seu
legado de morte, ódio e corrupção.
O Brasil caminha a passos largos para um abismo do qual terá
muitas dificuldades para sair. Há motivos de sobra para o fim do governo de
Jair Bolsonaro.
Fonte: SISMMAC