Como um rolo compressor, a bancada governista rejeitou todas as emendas apresentadas pelos servidores públicos ao projeto de reajuste salarial de apenas 5%.
A proposta encaminhada pela administração municipal foi à votação na tarde desta terça-feira, 6 de abril, no plenário da Câmara Municipal de Curitiba.
O corpo do projeto foi aprovado por unanimidade e os servidores municipais terão seus salários reajustados neste mês em 5%. Aumentam também em 5% o teto para o pagamento do auxílio refeição, que passa de R$ 1200 para R$ 1260, e o seu valor, que vai de R$ 6,39 por dia trabalhado para R$ 6,71.
Sem abrir qualquer margem para negociação, as emendas ao projeto propostas pelos servidores foram rejeitadas pela bancada governista, formada pelos partidos PV, PSB, PSDB, PSC, DEM, PPS, PP, PRP, PSL, PDT e PRB.
Assim, aberrações ficam consolidadas. Um exemplo diz respeito ao auxílio-refeição: servidora da saúde que no mês atende aos pedidos de chefia e trabalha horas-extras, perde o auxílio refeição.
Se nem situações de flagrantes injustiças sensibilizaram os vereadores de apoio da Prefeitura Municipal, as emendas defendidas pelo magistério representaram menos apelo para se oporem à orientação superior.
Desta forma, os professores com dois padrões não podem considerar apenas o padrão mais antigo para o cálculo do auxílio refeição.
Também não foram anuladas as faltas relativas à paralisação e a greve de 2009. Nem o requerimento apresentado pela vereadora Noêmia Rocha (PMDB) para a votação nominal desta emenda foi acatado.
Do mesmo modo, a reposição das perdas ocorridas no período em que Beto Richa era vice-prefeito de Taniguchi, compromisso assumido por escrito em 2005, foi negada pelos vereadores.