O ex-prefeito Beto Richa deixou a administração municipal sem cumprir uma importante promessa feita para os servidores. Richa não repôs as perdas salariais ocorridas de 1999 a fevereiro de 2005, quando era vice-prefeito no governo Taniguchi. Para recuperar os salários corroídos por essa defasagem é necessário reajustá-los em 14%.
A reposição dessas perdas ficou acertada em reunião de negociação ocorrida no dia 13 de maio de 2005 entre os sindicatos de servidores (Sismmac e Sismuc) com a administração municipal. O compromisso foi assumido por escrito pelo então secretário de Governo Maurício Sá de Ferrante.
No dia 19 de maio do mesmo ano a Secretaria Municipal da Comunicação Social postou na internet, às 16 horas, matéria anunciando o acordo.
Diz o texto: A proposta da administração municipal envolve também a que estão das perdas salariais dos servidores. Em setembro, haverá uma nova reunião entre a equipe de governo e os servidores e o Dieese para analisar o comportamento das receitas municipais, com vistas a iniciar o processo de recomposição de perdas que poderão ocorrer ainda neste ano. Além disto, será feito um planejamento de recomposição gradual das perdas, ao longo da gestão do prefeito Beto Richa.
Os sindicatos enviaram em 23 de maio o ofício nº 137/05 para confirmar os termos acordados. O secretário respondeu em 31 de maio, pelo Ofício nº 327/05 afirmando que, quanto ao estabelecimento de uma política de recuperação das perdas salariais (…) reiteramos o acordado na reunião de realizada no dia 13 de maio de 2005.
A promessa morreu aí. Desde então a reposição das perdas históricas tem sido objeto constante na pauta de reivindicações da categoria, mas é solenemente negada pela administração municipal.
Na Campanha de Lutas deste ano as diretorias dos sindicatos apresentaram uma proposta de pagamento escalonado em 32 meses, até o final da gestão. O objetivo é não deixar resíduo para o próximo prefeito. Os servidores também apresentaram a proposta à Câmara de Vereadores, mas foi rejeitada.
