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Reitoria da UFPR ataca organização sindical dos servidores

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Desde a última terça-feira (15), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR) está sem diretores liberados para fazer o trabalho sindical.

As liberações foram caçadas pela Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) de forma arbitrária e unilateral no dia 14 de janeiro, quando os diretores responderam a intimação da Reitoria e se apresentaram para retomar a antiga lotação e o posto de trabalho.

Segundo a administração da UFPR, a suspensão das liberações visa adequar a instituição à Lei 8.112/1990, que disciplina as relações de trabalho do funcionalismo público federal. Entretanto, a legislação define apenas o mínimo que é assegurado aos servidores, sem estipular qualquer restrição para a ampliação desse direito sindical.

A Reitoria usa como justificativa o fato de ter sido protocolado um questionamento anônimo a respeito das liberações junto ao Ministério Público Federal. Além de suspender as liberações, a administração também ameaça abrir processos disciplinares para a devolução dos salários recebidos, por conta das liberações, e até mesmo a exoneração dos diretores sindicais eleitos pela base.

Para a direção do Sinditest-PR, a suspensão das liberações é uma forma de retaliação política às lutas travadas pela categoria ao longo do ano, visto que desde a sua fundação o sindicato sempre contou com mais de quatro diretores liberados para as tarefas sindicais. Além de organizarem uma das maiores greves do serviço público federal, os servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais também protagonizaram em 2012 a luta contra a privatização dos hospitais escolas através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e pela implementação da jornada de 30 horas.

Perseguição também ocorre no IFPR

Essa não é a única pratica antissindical movida contra os trabalhadores das universidades e instituições de ensino no estado. No Instituto Federal do Paraná (IFPR), o dirigente Guilherme Basso dos Reis está sendo perseguido e teve o seu ponto cortado pela Reitoria em razão de sua participação nas reuniões do Sinditest-PR.

Após o encerramento da greve dos servidores técnico-administrativos, a Reitoria do IFPR deixou de respeitar o direito de o servidor eleito para cargo de representação participar das reuniões organizadas pelo Sindicato e passou a cortar o ponto do dirigente, com registro da falta e desconto do dia.

Solidariedade de classe

O SISMMAC manifesta sua solidariedade ativa de classe às trabalhadoras e trabalhadores das universidades e institutos federais de ensino que enfrentam retaliação das administrações e ataques ao seu direito de livre organização sindical. As interferências promovidas pelas chefias com o objetivo de dificultar ou impedir a organização dos trabalhadores são práticas antissindicais e devem repudiados pelo conjunto da classe trabalhadora.

Em dezembro de 2011, os professores municipais de Curitiba também sofreram a ameaça de ataque a sua organização sindical. Uma proposta enviada à Câmara de Vereadores pela bancada do ex-prefeito Luciano Ducci previa diminuir o número de diretores liberados do SISMMAC de sete para apenas um. A pressão realizada pelos servidores fez com que os vereadores voltassem atrás e retirassem a proposta.

Com informações do Sinditest-PR

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