Quem te viu, quem te vê: Eunice Turra

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Os quase 30 anos lecionando no magistério municipal foram um misto de
força e fragilidade, mas tudo valeu a pena. A professora Eunice Maria de
Oliveira Turra olha para trás no histórico de lutas e reivindicações desde a
década de 1970 e relembra a dificuldade do período, desde a jornada de trabalho
que chegava ao sábado à tarde até a extenuante tarefa de completar o registro
dos alunos um a um e à mão. No entanto, Eunice está certa de que o esforço foi
recompensado. “Fazendo uma retrospectiva, tudo que acontece hoje tem uma
estrutura no passado de pessoas que lutaram muito”, afirma.

Embora tenha ingressado no ensino municipal de Curitiba em 1976, Eunice
já havia começado na profissão de professora 9 anos antes, em Joinville, “no
dia em que completei 17 anos”, lembra. Para ela, todo educador é um idealista,
consciente ou inconscientemente. “Sempre gostei de ser professora, de trabalhar
com a formação e o pensamento do ser”, revela. Ela ressalta esse contato diário
com o aluno como um diferencial: “Claro que o conteúdo de sala de aula é
importante, mas isso pode ser encontrado em outros lugares, como uma
biblioteca, por exemplo”.

Segundo Eunice, o caráter humano da profissão também se reflete na
relação entre os membros da categoria, principalmente nos momentos de
mobilização. “Às vezes nós estávamos cansadas e até desmotivadas, mas daí
olhávamos uma para as outras e nos fortalecíamos. A classe tem essa
cumplicidade como característica”, opina.

Sempre envolvida na luta por direitos
desde a época da Associação do Magistério Municipal de Curitiba (AMMC), fundada
em 1979 (nove anos antes da criação do SISMMAC), Eunice se sente orgulhosa das
conquistas e enaltece o trabalho realizado agora com as aposentadas:
“Continuamos atuantes!”, garante.

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