Os professores, servidores administrativos e estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) realizam na manhã desta quinta-feira (14) uma manifestação em defesa da valorização dos serviços públicos. A manifestação teve início na Praça Santos Andrade, às 9h, e contou com a participação de mais de mil pessoas que seguiram em passeata pelo centro de Curitiba para explicar para a população os motivos da greve e para denunciar o descaso do governo federal com as reivindicações do segmento.
O ato público faz parte das atividades da greve das universidades federais, que conta com a adesão das três categorias que compõem a comunidade acadêmica: professores, servidores administrativos e estudantes. A greve já conta com a adesão de 55 instituições de ensino superior e é resultado da falta de diálogo e do descaso sistemático do governo federal para com as condições de ensino e de trabalho nas universidades.
O SISMMAC acompanhou a manifestação para demonstrar a solidariedade ativa do magistério municipal a todo movimento que se coloca em luta pelos direitos dos trabalhadores e o apoio, em especial, às pautas que defendem a qualidade da educação pública e a valorização do trabalho docente.
Confira abaixo um pouco mais sobre as reivindicações das categorias que constroem a greve das universidades federais:
• Professores – Estão em greve desde o dia 17 de maio e reivindicam que o governo cumpra o compromisso assumido em 2011 de reestruturar o plano de carreira da categoria. A greve já é a maior dos últimos 10 anos e conta com a adesão de 55 instituições de ensino superior.
Demonstrando sua intransigência e descaso, os representantes do Ministério da Educação governo federal só aceitaram sentar para negociar com o movimento após 26 dias de paralisação. Na reunião, assumiram o compromisso de apresentar uma primeira proposta de esboço do plano de carreira no dia 19 de junho. Até lá, a greve dos docentes continua.
• Estudantes – Além de se solidarizarem com a luta dos professores e técnicos, os estudantes também se mobilizam por melhorias nas condições de ensino e permanência nas universidades. Mais de 30 instituições já deflagraram greve estudantil. No próximo final de semana, os estudantes irão formar um Comando Nacional de Mobilização, para articular o movimento nas diferentes universidades e elaborar uma pauta nacional unificada.
• Servidores técnico-administrativos – Iniciaram a paralisação por tempo indeterminado na última segunda-feira (11) para reivindicar o estabelecimento de um piso para a categoria no valor de três salários mínimos. Hoje, eles recebem menos de dois salários mínimos. A paralisação dos servidores administrativos já conta com a adesão de 16 instituições de ensino superior.
Crescem as greves no funcionalismo federal
Além dos trabalhadores das universidades, outros segmentos do funcionalismo federal também começam a se mobilizar. No dia 5 de junho, mais de 15 mil servidores, de todos os cantos do país, realizaram uma manifestação em Brasília para cobrar a reestruturação das carreiras, reposição inflacionária e correção de distorções nos salários.
No dia 18 de junho, os trabalhadores organizados na Confederação Nacional dos Servidores Federais (Condsef) realizam uma greve geral em busca de avanços nas negociações com o governo federal, que até o momento não apresentam resultados.
Confira abaixo os indicativos de greve de outros segmentos do funcionalismo federal:
• Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – indicativo de greve nacional para o dia 11 de junho.
• Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União – indicativo de greve para o dia 21 de junho.
• Servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) – Indicativo de greve para o dia 26 de junho
Crédito da foto: Sindsaúde-PR.