As professoras e professores municipais de Itaperuçu, na região metropolitana de Curitiba, decidiram realizar um dia de paralisação nesta quinta-feira (18), como forma de pressionar a Prefeitura a receber o movimento e dar respostas às reivindicações apresentadas pela categoria desde o mês de julho.
A decisão foi debatida em reunião, realizada na última terça-feira (16), com a participação de trabalhadores de todas as escolas do município. O SISMMAC acompanhou essa reunião como forma de apoiar o movimento. A paralisação é motivada pela intransigência e pelo descaso da Prefeitura, que se nega a receber e a negociar com a categoria.
Os professores de Itaperuçu estão mobilizados desde o mês de julho deste ano, quando uma gratificação de R$246,00 foi cortada de seus salários, sem qualquer aviso prévio. Além de lutar pela incorporação dessa gratificação, a categoria também fundou o Movimento Despertar e elaborou uma Pauta de Reivindicações que foi entregue à administração no dia 1º de outubro.
Ao longo desses três meses de mobilização, entretanto, a Prefeitura não atendeu as reivindicações da categoria e sequer apresentou todos os documentos solicitados pelo Movimento Despertar junto à Câmara Municipal, em agosto. Esses documentos foram novamente solicitados em reunião com o prefeito e com o secretário de Educação no dia 14 de setembro.
A falta de respostas e a recusa da Prefeitura em se reunir com as professoras e professores da cidade são um desrespeito, que se somam as péssimas condições de trabalho enfrentadas na rede municipal de ensino. O piso salarial em Itaperuçu é de R$700,00 para 20h semanais. Além do corte da gratificação, que corresponde a mais de 35% do salário, as professoras também estão com o pagamento do abono de férias atrasado. Além disso, as condições de trabalho são precárias e parte da categoria é obrigada a aumentar ou dobrar a carga horária, sem receber o que foi trabalhado a mais como hora-extra.
Todo apoio a luta das professoras e professores de Itaperuçu!