Os professores municipais de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, voltaram a cruzar os braços e a paralisar o trabalho nas escolas da rede. Na última segunda-feira (2), a categoria deu início a uma greve por tempo indeterminado para cobrar os compromissos assumidos pela Prefeitura do município durante a paralisação realizada no dia 8 de fevereiro.
Entre outros pontos, os professores de Colombo reivindicam reposição das perdas salariais históricas, ampliação da hora-atividade e a regularização do repasse da mensalidade sindical que foi suspenso pela Prefeitura.
No dia 8 de fevereiro, com apenas um dia de greve, os professores conquistaram reajuste salarial de 10% para o conjunto dos servidores e aumento de 22% específico para os educadores visando adequar o vencimento básico ao valor determinado pela Lei do Piso.
Os demais compromissos assumidos pela Prefeitura, entretanto, não tiveram avanços significativos. Por isso, a categoria decidiu em assembleia retomar a greve visando forçar a administração a cumprir os acordos.
A Prefeitura de Colombo tem usado diversos mecanismos com o objetivo de reprimir e silenciar a mobilização dos trabalhadores. Além de suspender o repasse das mensalidades ao Sindicato da categoria, entrou também com uma liminar na Justiça para que a greve fosse decretada ilegal antes mesmo de começar. Mesma com a multa diária de R$ 10 mil, os professores decidiram manter a greve e seguem em luta.
As prefeituras e governos não hesitam na hora de assumir o papel de patrão, agindo com intransigência e autoritarismo para retirar direitos e silenciar a insatisfação dos trabalhadores. Tentam impor, ao invés de negociar e buscar avanços que trariam melhorias não só para os professores, como também para os alunos que estudam na rede.
O SISMMAC manifesta publicamente seu apoio à luta dos professores municipais de Colombo. A greve é um direito legítimo dos trabalhadores, conquistado a partir de séculos de resistência e luta por direitos. É o único instrumento de pressão que a classe trabalhadora possui para fazer os patrões cederem, quando o diálogo e a negociação emperram.
Em todo o Brasil, os trabalhadores da educação mostram sua disposição e organização para resistir às velhas e novas investidas dos governos e para lutar por avanços salariais e por melhores condições de trabalho – conquistas que incidem diretamente na qualidade da educação que desenvolvemos com nossos alunos.
A greve dos professores de Colombo é um importante exemplo das batalhas travadas nacionalmente em defesa da escola pública; exemplo que incentiva e anima a continuidade da nossa luta. Todo apoio à luta dos professores municipais de Colombo!