Na última terça-feira (11), os professores municipais de Araucária paralisaram suas atividades e foram às ruas lutar contra o arrocho salarial e contra o congelamento dos direitos previstos no Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV).
As professoras e professores do município se reuniram em frente à Secretaria de Educação e saíram em passeata ate à Prefeitura para um ato público e reunião com a administração municipal.
Durante a reunião com representantes da categoria, o prefeito Olizandro Ferreira (PMDB) afirmou que os salários e os direitos vão ficar congelados até segunda ordem. Disse também que não pensa em reduzir mais os cargos comissionados para não criar atritos com sua base aliada, reconhecendo que esses cargos existem apenas para atender aos grupos de apoio.
Depois da reunião com o prefeito, os professores foram levar seu protesto à Câmara Municipal. O plenário ficou lotado, com pessoas em pé, sentadas nos corredores.
Crise em Araucária
A Prefeitura tem divulgado que, de 2012 para 2013, Araucária vai perder R$ 45 milhões em receita por causa da queda na arrecadação de impostos.
A previsão tem feito a administração municipal “apertar os cintos” e cortar despesas. Entretanto, ao invés de cortar onde há desperdício de recursos a Prefeitura está tentando empurrar a conta da crise para os servidores municipais.
Além de se recusar a pagar o reajuste salarial para recompor as perdas geradas pela inflação, a administração também suspendeu os direitos previstos no PCCV.
Depois que os professores começaram a se mobilizar e a cobrar outras saídas para a crise, a Prefeitura reduziu o número de cargos comissionados em 20%. Entretanto, ainda permanecem cerca de 260 cargos, que pesam cerca de R$ 1,5 milhão na folha de pagamento, por mês.
Continuidade de luta
A primeira medida adotada pelo magistério de Araucária para dar sequência à mobilização é a coleta de adesões ao abaixo-assinado que pede a exoneração de todos os cargos comissionados. O propósito é entregar o documento no dia 28 de junho.
As escolas também realizarão reuniões ou assembleias com pais e mães de estudantes para debater a situação das unidades. No início de julho, será realizada uma nova assembleia para elaborar o calendário de lutas para o início das aulas, no segundo semestre.
Com informações do SISMMAR – Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária