No dia 17 de maio os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação se soma a greve nacional das instituições federais de ensino, que até agora, tem a adesão de 33 outras instituições. Este alto índice de adesão dos professores no primeiro dia de greve nacional é reflexo da grande insatisfação dos docentes com a atual política do Estado, que investe minimamente na educação, precarizando e sucateando as universidades públicas.
O início da greve dos docentes da UFPR nesta quinta-feira foi marcado por uma aula pública no pátio da Reitoria com o tema “Por que a greve?”. Cerca de 300 pessoas estiveram presentes na atividade, que teve como objetivo esclarecer a comunidade acadêmica sobre o início da paralisação.
Muitos dos professores presentes defenderam que é fundamental que a categoria se some ao movimento nacional para que a greve seja o mais forte possível, para que o governo comece a negociar para melhorias concretas. Além dos professores e estudantes presentes na aula pública, diversos sindicatos foram prestar seu apoio ao movimento, entre eles o SISMMAC.
SISMMAC apoia a greve dos professores da UFPR
O SISMMAC apoia o movimento nacional e local dos docentes de ensino superior. A paralisação na UFPR e demais instituições é uma luta justa e necessária pela qualidade do trabalho docente. Assim como nós tivemos que paralisar nosso trabalho e ir às ruas exigir melhorias em nosso trabalho para avançar em nossos direitos, os professores do nível superior também devem se unir e mobilizar para ter força e conseguir avanços reais.
Professores mobilizados por todo país
Os professores da UFPR já haviam entrado em greve no ano passado, mas desde lá as negociações com o governo para o atendimento das reivindicações não avançam. De forma intransigente, o governo diz que não haverá reajuste salarial em 2012 e também não quer se comprometer com reajuste em 2013 – o que impõe uma perda salarial de cerca de 20% a esses trabalhadores.
Salas de aula superlotadas e sobrecarga de trabalho impossibilitam que os professores possam ter tempo para ensino, pesquisa e extensão de qualidade. Isso é unido a condições de carreira que não animam os professores a continuarem na sala de aula. Em 2011 o Estado acordou reestruturação da carreira até março de 2012, mas isso não foi feito. O que acontece, em contrapartida, são cortes no investimento das universidades públicas, gerando impacto direto no trabalho de professores, técnicos e ensino aos estudantes.
Este é o momento para que os professores de todo o país unam forças e avancem na conquista de direitos. A luta é por melhores condições de trabalho, por melhores salários, por uma carreira sólida e pela universidade pública, gratuita e de qualidade. Apoiar a luta dos professores é defender melhorias na qualidade de vida desses trabalhadores e melhorias na qualidade do ensino.
Confira no vídeo abaixo depoimentos de estudantes, professores e direção do SISMMAC em relação à greve: