A greve dos servidores municipais começou com força nesta segunda-feira (12). Nem o frio
curitibano, o cerco à Câmara Municipal e o forte contingente policial
encomendado pelos vereadores espantaram os trabalhadores em luta contra o
pacotaço. Os servidores pressionaram os parlamentares e exigiram que os
projetos que atacam direitos sejam retirados da tramitação.
E amanhã (13) será ainda maior! A
Câmara tentará barrar o acesso dos servidores municipais, mas estaremos firmes,
a partir das 7h, para exigir que o pacotaço seja retirado de tramitação.
Durante todo o dia, o comando de greve do magistério percorreu unidades de ensino para fortalecer a mobilização. Pelo menos 100 escolas amanheceram fechadas nessa segunda e a previsão é que esse número aumente para barrar a votação do pacotaço prevista para amanhã!
Servidores pautam limite de acesso à Câmara Municipal
No início da manhã, o presidente
da Câmara Municipal, vereador Serginho do Posto, convocou uma reunião com os
sindicatos que representam o funcionalismo público. O objetivo do encontro era discutir
como seria a participação da categoria durante a votação dos projetos.
Entretanto, não houve acordo.
Serginho do Posto propôs que os 32 mil servidores de Curitiba, que serão diretamente atingidos com o pacotaço, dividissem as 80 vagas disponibilizadas igualmente com os empresários da cidade que solicitaram participação durante a votação.
O número de vagas foi sido arbitrariamente
imposto pelo presidente da casa, já que não há laudo do Corpo de Bombeiros que
defina a capacidade máxima da Câmara Municipal. Além disso, é um desrespeito com o conjunto dos
servidores municipais ter que disputar vagas com entidades que representam as
empresas.
O vereador Serginho do Posto
afirmou que iria consultar a Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi)
a respeito da capacidade do local. Porém, além de não ser a entidade
responsável por fazer esse tipo de averiguação, a Cosedi é um órgão da
Prefeitura, o que configura conflito de interesses.
Como contraproposta, os sindicatos solicitaram que fosse apresentado um laudo sobre a capacidade da Câmara para o corpo de bombeiros. Também reivindicaram que os servidores
possam ocupar a capacidade máxima das galerias, enquanto os demais
interessados em acompanhar a votação, assistissem do plenário. Os vereadores
concordaram em solicitar o parecer dos bombeiros, mas não houve consenso na
divisão das vagas.
Parecer do Ministério da Fazenda
#@vej3@#Além de fazer a denúncia para a
mídia, os cinco sindicatos que representam os servidores municipais notificaram
formalmente o presidente da Câmara Municipal, vereador Serginho do Posto, a
respeito do posicionamento do Ministério da Fazenda sobre o saque no Instituto
de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba.
A notificação foi feita no
protocolo geral da Câmara, já que, no final da manhã, o vereador não quis
receber os sindicatos novamente e, no início da tarde, Serginho do Posto e
outros parlamentares estavam em reunião na casa do vereador Pier Petruzziello.