Na foto, José Lupion Neto em reunião com servidores realizada em 5 de novembro de 2009
Em reunião do Conselho de Administração do Instituto Curitiba de Saúde (ICS) realizada em 23 de julho, após mais de três meses sem reunião, o presidente do instituto José Lupion Neto voltou a negar que haja problemas financeiros. Por outro lado, ele não apresentou nenhum documento que pudesse comprovar seus argumentos e admitiu ter recebido a visita de fiscais da Agência Nacional de Saúde.
Informações veiculadas pela imprensa e publicadas no site da Agência Nacional Saúde (ANS), por meio da resolução operacional 850, dão conta de que o instituto está sob acompanhamento de uma direção fiscal devido “anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde”.
Segundo o representante dos servidores no conselho, Marcos Alves Pereira, a posição de Lupion Neto é contraditória. “Ao mesmo tempo que a direção do ICS se nega a admitir a existência de déficit na contas, volta a sinalizar a necessidade de aumento de desconto para o servidor ou mesmo o corte de benefícios”, afirma.
Durante a reunião o presidente do ICS chegou a cogitar a possibilidade de aumentar a alíquota paga pelos servidores, de cobrar por internamentos e cortar alguns benefícios da categoria. Porém, cálculos atuariais e outras informações não foram apresentadas.
A direção do ICS assumiu o compromisso de repassar aos membros do conselho os documentos referentes ao processo da ANS. A próxima reunião do conselho de administração do ICS ocorre no dia 26 de agosto.
Preocupada com o que vem acontecendo e com a falta de transparência no ICS, a diretoria do Sismuc e do Sismmac solicitaram uma audiência com o prefeito Luciano Ducci, o secretário de RH Paulo Schimidt, o procurador do município Eraldo Kuster e o presidente do ICS para o próximo dia 27. O objetivo é cobrar explicações sobre o problema e o atendimento de reivindicações da categoria. Posição histórica dos sindicatos e dos trabalhadores defende a gratuidade do instituto, a sua transformação em autarquia, a transparência nas contas e gestão e a mudança do modelo de administração para torná-lo democrático.
Fonte: Sismuc
Foto: Sismmac