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Prefeitura reconhece sua obrigação de garantir a reposição dos dias parados

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Depois de mais de um mês de atraso, a Prefeitura finalmente enviou sua resposta sobre o direito à reposição dos dias parados para todos os segmentos do magistério. A posição da administração foi enviada ao SISMMAC no dia 3 de maio – 35 dias depois de termos encaminhado o ofício do dia 28 de março que formaliza essa reivindicação.

Para além da demora, o ofício também decepciona pelo conteúdo vago da resposta. Nele, a administração informa que atua dentro dos princípios da legalidade e faz referência ao artigo nº 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que estabelece a carga mínima para os estudantes do ensino fundamental regular. E encerra o documento com a afirmação de que está analisando a “melhor forma de reposição dos dias letivos não cumpridos” e que oportunamente encaminhará as orientações para as escolas.

A Prefeitura sequer menciona a situação das professoras e professores que atuam nos segmentos que não possuem a carga mínima definida pela LDB, como a educação infantil, educação especial, educação integral e os contraturnos.

Apesar do conteúdo vago da resposta, o ofício traz um elemento importante. No documento, a administração assume que é dever da mantenedora garantir o cumprimento do calendário letivo, com as 800h/anuais distribuídas em 200 dias letivos. O ofício é uma prova de que a reposição é obrigação da Prefeitura e não das professoras e professores da rede.

Ação na Justiça

Com a resposta da Prefeitura em mãos, o SISMMAC já tem os elementos necessários para ingressar com uma ação na Justiça visando garantir que a reposição seja assegurada para todos os segmentos do magistério, sem distinção.

Enquanto o processo tramita na Justiça, orientamos todos os professores a não repor. Mesmo que a Prefeitura envie orientações às escolas, pedimos que toda a categoria aguarde a posição do Sindicato antes de agendar a reposição. Vamos continuar mantendo a pressão para que o direito seja garantido a todos os segmentos do magistério, sem distinção!

Direito de todos
Nosso movimento de greve foi construído com base nos princípios da solidariedade e da isonomia. Lutamos contra o PPQ para que todos – incluindo os aposentados – recebessem um mesmo índice de reajuste salarial, sem injustiças e sem exclusões. Essa postura fortaleceu nosso movimento e foi por causa da nossa união que saímos vitoriosos!

Agora, devemos manter a coerência com os princípios que defendemos durante a greve e intensificar nossa união e solidariedade. A união do conjunto do magistério é nossa principal ferramenta para continuar avançando nas nossas reivindicações. Por isso, não podemos abandonar nossas colegas da educação infantil, da educação especial e do ensino integral que construíram a greve conosco!

Confira a resposta da Prefeitura na íntegra.

Veja também o que já foi publish sobre o assunto:

26/04/2012- Magistério mantém pressão para garantir restituição do desconto dos dias parados para toda a categoria

30/03/2012 – "Reposição dos dias parados: direito das crianças de Curitiba e obrigação da Prefeitura"

12/03/2012 – "Greve é direito". Material com perguntas e respostas sobre questões relacionadas ao direito de greve.

12/03/2012 – "Nota Técnica – Questões relativas à greve e à atividade sindical nas escolas"

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