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Prefeitura muda metodologia e entrega meia fruta para as crianças: SISMMAC cobra explicações

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Prefeitura muda metodologia e entrega meia fruta para as crianças - SISMMAC cobra explicações

Mais uma vez, a comunidade escolar da rede municipal de Curitiba é surpreendida com um retrocesso na qualidade da alimentação oferecida às crianças.

A empresa terceirizada Risotolândia, contratada pela Prefeitura para fornecer as refeições nas unidades escolares, reduziu a quantidade de frutas entregues às unidades, utilizando uma nova metodologia que contabiliza o alimento com base em peso per capita, e não mais por unidade.

O absurdo se revela no cotidiano: antes, cada criança recebia uma fruta inteira. Agora, com essa alteração, as crianças estão recebendo meia fruta. Um absurdo que compromete não apenas o valor nutricional da refeição, mas também a dignidade da alimentação escolar.

O SISMMAC, que acompanha a política de alimentação escolar por meio do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), já solicitou esclarecimentos formais à Risotolândia e à Secretaria Municipal de Educação (SME).

Essa alteração tem impacto direto na saúde, na energia e no desempenho das crianças em sala de aula. A alimentação é parte essencial do processo de aprendizagem, especialmente em uma rede pública, em que muitas famílias enfrentam dificuldades socioeconômicas, e a merenda escolar representa uma das principais refeições do dia para muitas delas.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), garantir alimentação escolar de qualidade é uma das estratégias mais eficazes para melhorar o desempenho acadêmico, reduzir a evasão e promover o desenvolvimento integral.

Reduzir a quantidade de alimento, especialmente frutas — fundamentais na prevenção de doenças e na construção de hábitos saudáveis — é um ataque silencioso ao direito à educação e à saúde das crianças. A escola é também um espaço de formação de hábitos, e garantir o acesso a uma alimentação equilibrada desde cedo contribui para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. Além disso, investir em educação alimentar é também investir em saúde pública, pois previne doenças crônicas e reduz os gastos futuros do SUS com tratamentos evitáveis.

Além da denúncia, o SISMMAC seguirá cobrando uma resposta imediata da Prefeitura. Educação pública se constrói com dignidade — e isso começa com um prato cheio.

Cortar a fruta de hoje é plantar a desigualdade e o adoecimento de amanhã.

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