Instituições de cerca de 40 diferentes países inscreveram atividades que serão realizadas durante o Fórum Social Mundial, em Belém (PA). São painéis, seminários, oficinas, conferências, assembléias e diversos tipos de manifestações.
Justamente pela grandiosidade do evento, é impressionante o descaso e o silêncio quase total da mídia corporativa (que defende os interesses das grandes corporações – Globo, Abril, Folha, Estadão, etc…). As informações são pontuais, sem aprofundamento ou explorando aspectos pitorescos.
Para romper este filtro midiático existe o Fórum Mundial de Mídia Livre. Clique aqui para acessar.
“E pur si muove!”
Mas o Fórum Social Mundial avança apesar deste “desinteresse” ideológico. E envolve gente do mundo inteiro. Ficamos em apenas dois exemplos para observarmos a diversidade.
Ativistas dos Estados Unidos, por exemplo, vieram para o FSM dispostos a discutir temas como a crise mundial de alimentos, a política de imigração, integrações regionais, direitos dos povos indígenas das Américas, entre outros assuntos.
Da mesma forma, a Campanha Nacional (da Índia) pelos Direitos Humanos dos Dálit traz ao Brasil duas oficinas para debater a discriminação no sistema de castas.
Um desavisado poderia perguntar por que eles não fazem este debate na Índia? A resposta é que eles tem esta discussão lá, que evoluiu muito desde que Mumbai sediou o FSM, em 2004. Mas em Belém eles podem avaliar o que avançou e trocar idéias e definir ações conjuntas com organizações que têm preocupações similares.
Outros temas que os indianos trouxeram ao FSM referem-se aos direitos das mulheres, dos transsexuais, meio ambiente, direitos humanos e muito mais.
O levantamento por país revela a diversidade dos temas e a riqueza de enfoques, que não se encerram numa proposta. Ao contrário, abrem-se num leque infinito de possibilidades.
O Fórum Social Mundial revela o planeta em processo de transformação. São os povos dos cinco continentes se inter-relacionando para construir o mundo do terceiro milênio.
