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Política de formação continuada precisa ser levada a sério

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*matéria publicada originalmente no Jornal Pedagógico, distribuído durante a Expo Educação 2024

 

A Secretaria Municipal de Educação (SME) de Curitiba precisa compreender que uma política consistente de formação continuada é essencial para o aprimoramento do trabalho docente e deve ser realizada durante o expediente de trabalho. 

No ano passado, a Prefeitura ofereceu alguns cursos com vagas limitadas e condicionados ao pagamento de bolsas fora do horário de trabalho. Essa abordagem, paliativa e competitiva, fragmentava o magistério e desconsiderava a realidade de uma categoria composta, em sua maioria, por mulheres, muitas destas mães solo e que se sentiam obrigadas a fazer cursos em um terceiro turno. Agora, a Prefeitura tem ofertado mais cursos, mas que se sobrepõem ao período de permanência (hora-atividade). Com isso, resta pouco tempo para organizar e cumprir todas as outras tarefas inerentes à docência.

As opções de formação durante toda a gestão nunca foram pactuadas com os trabalhadores da educação. E esta sobrecarga exigida tem contribuído para inclusive para o adoecimento das professoras e dos professores.

Outro problema comum é a falta de transparência na publicação dos editais da Prefeitura, especialmente para profissionais interessados em programas de pós-graduação stricto sensu. A divulgação insuficiente desses editais dificulta a participação das educadoras e dos educadores. 

Além disso, há situações em que a falta de organização e estrutura deficitária prejudicam o aproveitamento e a qualidade dos cursos, como aconteceu na Expo Educação 2023. 

A direção do SISMMAC luta para que a política de formação continuada no magistério seja ampliada, de forma transparente e com ampla divulgação, para garantir a igualdade de oportunidades para todo o magistério (o que nem sempre acontece). 

O sindicato também segue lutando pela restauração das duas licenças remuneradas para pós-graduação, uma medida que foi reduzida pela gestão Greca/Pimentel, o que obriga professoras e professores a fazerem escolhas entre mestrado e doutorado. Isso é um desestímulo ao aprimoramento profissional. 

Comprometido com o desenvolvimento do magistério, o SISMMAC, em cooperação com a UFPR, oferece o curso “Pré-pós”, como parte de seus esforços para valorizar a categoria por meio da capacitação contínua e do aprimoramento das práticas pedagógicas. Além de ser um direito das professoras e dos professores, a formação continuada também beneficia os estudantes e a sociedade em geral, contribuindo para a construção de uma educação pública de qualidade. 

Por isso, o SISMMAC segue lutando para que essas atividades atendam às necessidades reais das professoras e dos professores, dentro da perspectiva de um plano de carreira que valorize esse processo de formação constante.

Fonte: Sismmac

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