Até a próxima sexta-feira (16), as unidades escolares da rede municipal de Curitiba estarão movimentadas com panfletagens para denunciar a falta de profissionais e as péssimas condições de trabalho desses locais. A ação é realizada na semana do Dia do Professor para problematizar a falta de valorização, o desrespeito e a sobrecarga de trabalho que afetam a qualidade do ensino e prejudicam o trabalho pedagógico em grande parte das unidades da rede.
Durante todo o ano de 2015 as escolas e CMEIs foram obrigados a funcionar no sufoco por causa da falta de profissionais. Apesar de todas as propagandas, o prefeito Gustavo Fruet ainda não aumentou o investimento destinado à educação. Infelizmente, a promessa amplamente divulgada durante a campanha eleitoral, só será cumprida no último ano de mandato, quando o prefeito já deveria estar se planejando para ampliar ainda mais o investimento. Além disso, Fruet suspendeu a realização de concursos públicos e não contrata novos trabalhadores desde o ano passado.
Todo esse descaso ameaça a qualidade do ensino e aumenta a sobrecarga imposta a todos os profissionais do magistério, em especial, às pedagogas. São elas as responsáveis por organizar e articular o trabalho pedagógico com as famílias e a comunidade.
A panfletagem em frente às escolas e CMEIs faz parte das ações aprovadas no Coletivo de Pedagogas do SISMMAC para cobrar a realização imediata de novos concursos para contratação de professores, inspetores e profissionais da educação infantil.
A contratação urgente de mais trabalhadores é um passo essencial para melhorar a qualidade do ensino na rede municipal e para valorizar os profissionais da educação. Dependem da contratação todas as outras medidas necessárias para o avanço da educação pública, como o aumento do número de profissionais do suporte pedagógico e o fim da sobrecarga e da pressão imposta aos trabalhadores para que assumam tarefas que não são da sua área.
O panfleto produzido pelo SISMMAC foi distribuído para as escolas no encontro do Coletivo de Pedagogas e na reunião do Conselho de Representantes. A proposta é que a panfletagem seja realizada no horário de entrada e saída das crianças, nas escolas e creches, como uma forma de reafirmar a identidade do pedagogo como parte do magistério.