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Pedagogas denunciam assédio institucional por parte dos NREs e da SME

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Pedagogas denunciam assédio institucional por parte dos NREs e da SME

Pedagogas da rede municipal de Curitiba vêm denunciando uma grave intensificação do trabalho e situações de assédio institucional promovidas por Núcleos Regionais de Educação (NREs), especialmente (mas não só) o de Santa Felicidade.

A sobrecarga se agrava com o acúmulo de tarefas burocráticas, prazos exíguos e o desvio de função, ao exigir das educadoras responsabilidades que caberiam a outros órgãos da Prefeitura, como a FAS e os CREAS.

Entre as exigências estão planilhas sobre atendimentos médicos, estudantes com TEA, famílias em vulnerabilidade social, situação de desemprego de familiares, adaptação escolar, controle de faltas dos estudantes, e muitas ações que seriam de órgãos de assistência social — muitas com prazos de 24 a 72 horas. Pedidos como o levantamento de famílias com pais desempregados ou sem CadÚnico evidenciam o desvio de função, pois caberiam à rede de assistência social, e não às pedagogas.

Alguns exemplos:

❌ e-mail de sexta-feira (30/05) às 9h05, exigindo planilha de dados sobre estudantes com TEA para segunda (02/06);

❌ planilha de ações intersetoriais enviada às 8h27 de sexta (27/06), com devolutiva até segunda (30/06);

❌ solicitação de dados de estudantes em adaptação enviada na sexta (13/06), para devolução na segunda (16), até 16h.

Essa lógica de microgestão por e-mail, pressão intensa e metas abusivas desconsidera a precarização do trabalho pedagógico, a escassez de profissionais e a estrutura precária nas escolas.

A intensificação também se expressa na cobrança de retrabalhos, como planilhas complementares aos testes de fluência, mesmo com dados já disponíveis nos sistemas oficiais. Tudo isso vai na contramão do que foi prometido pelo secretário de Educação em reunião com o SISMMAC no início do ano, quando se comprometeu a reduzir a burocracia nas escolas. Também na reunião com as pedagogas, o secretário teria se comprometido com a desburocratização do trabalho das pedagogas e pedagogos.

Apesar da mudança da gestão municipal, grande parte das direções dos NREs foram mantidas e seguem atuando como espaços de poder político, para os quais importam dados para propaganda, e não o aprimoramento do trabalho pedagógico.

O SISMMAC repudia esse cenário e informa que nesta segunda-feira (30) apresentará formalmente as denúncias à SME e cobrará mais uma vez a abertura de mudança de área de atuação para Pedagogia Escolar, procedimento que não ocorre desde 2011, o que gerou um déficit imenso de pedagogas e pedagogos nas unidades escolares

Seguiremos ao lado das pedagogas, em defesa de condições dignas de trabalho e pelo fim do assédio institucionalizado.

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