REDE BRASIL ATUAL: Representantes da Petrobras, do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) e do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada (Sintepav-PE) estiveram reunidos hoje (9) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 6ª Região, de Recife (PE), onde comunicaram que não houve retorno ao trabalho na obra da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape, conforme determinação judicial da quarta-feira (7). As empresas pediram intervenção da Justiça para obter maior segurança na região, a fim de evitar novos conflitos como ocorreram na manhã de ontem, quando pelo menos seis ônibus foram incendiados, segundo o Corpo de Bombeiros. O Sintepav alega que há um grupo "desconhecido" incentivando a violência.
A greve dos trabalhadores, num total de 50 mil homens, começou dia 1º contra o acordo assinado entre o Sintepav-PE e o Sinicon no final de julho prevendo aumento de 10,5%, mais vale-alimentação no valor de R$ 260 (acréscimo de R$ 60 ao valor anterior). Há informações de que o acordo foi aprovado por uma minoria depois de uma assembleia tumultuada. Os grevistas querem 15%. A paralisação foi julgada abusiva. O Sinicon pediu que seja cumprida a determinação do TRT, com aplicação de multa ao Sintepav de R$ 5 mil por dia parado.
Segundo o assessor do Sintepav Rogério Rocha, o retorno ao trabalho não foi possível porque, alegando falta de segurança, as empresas do complexo não enviaram os ônibus de transporte dos funcionários. Ele afirmou que os operários da obra da refinaria entraram para o trabalho, mas foram dispensados pela empresa depois de supostas ameaças recebidas.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada (Fenatracop), Wilmar Gomes dos Santos, afirma que além da precariedade enfrentada pelos operários no trabalho, com péssimas condições salariais e jornadas exaustivas, característica inerente ao setor da construção, a categoria enfrenta em Suape a falta de legitimidade do sindicato que os representa. O órgão estuda medida legal para interceder nas negociações locais.
Fonte: Redação – Rede Brasil Atual