As atividades letivas da Rede Municipal de Educação estão sendo retomadas nesta semana, e o conjunto do magistério de Curitiba tem uma tarefa muito importante a cumprir: mobilizar as professoras e os professores para a greve da categoria, que será deflagrada no dia 8 de agosto, caso as negociações sobre o plano de carreira não avancem mais com os vereadores e com a Prefeitura.
Nesse momento de construção da greve, é fundamental que todas e todos compreendam a importância de aderir ao movimento.
Qual é o foco principal?
Lutamos por uma carreira sem mecanismos que impeçam o crescimento profissional das professoras, e que valorize efetivamente a titulação e a trajetória no magistério. O projeto de plano de carreira enviado pela Prefeitura à Câmara vai na contramão disso e, apesar dos avanços que conquistamos até agora, ainda há itens que consideramos muito prejudiciais à nossa categoria.
A greve é realmente necessária?
A greve é sempre a última alternativa, quando as negociações não avançam mais. No caso do plano de carreira do magistério, a Prefeitura não abre mão de implementar mecanismos de funil que irão dificultar o crescimento profissional da maioria das professoras e dos professores, fazendo com que muitas pessoas se aposentem com valores consideravelmente baixos.
Não é possível resolver apenas por meio de negociações?
Estamos negociando há bastante tempo. Conquistamos muitos avanços até o momento, mas ainda há pontos sensíveis que a Prefeitura não quer mais negociar e, por isso, já enviou o Projeto de Lei para a Câmara dos Vereadores. Continuamos dialogando com os parlamentares, mas a Prefeitura e a Câmara nos empurraram para a greve, que é a única solução nesses casos.
As greves são eficazes?
Para ter sucesso, uma greve precisa ser forte, com a adesão em massa da categoria. Foi com a grande mobilização da nossa categoria que conseguimos impedir que a Prefeitura aprovasse a terrível versão do projeto de plano de carreira em novembro de 2022 e voltasse a negociar com o sindicato.
Quais são os principais problemas do Projeto de Lei enviado pela Prefeitura para a Câmara dos Vereadores?
Funil
A Prefeitura quer impor mecanismos que irão dificultar o avanço profissional da maioria do magistério:
Crescimento horizontal (anos pares): 80% ficam de fora de cada procedimento
Crescimento vertical (anos ímpares): 95% ficam de fora de cada procedimento
Com isso, haveria competição dentro da própria categoria para conseguir progredir na carreira. É uma ótica perversa de gestão.
Punição para quem se afastar por doença
O Projeto de Lei da Carreira, enviado pela Prefeitura à Câmara dos Vereadores, pune quem se afastar para tratamento de saúde por mais de 30 dias no ano. Isso seria particularmente cruel com professoras que precisam fazer longos tratamentos de doenças graves, como câncer e outras.
Reenquadramento e compensação
O projeto não estabelece um reenquadramento para ativos e aposentados, e nem apresenta uma compensação pelo período do congelamento.
É por isso que todas as professoras e os professores precisam construir essa luta. Converse com as colegas da sua escola, ajude a construir a nossa mobilização. A força do nosso movimento depende da participação efetiva de cada membro do magistério!
Fonte: Sismmac.
