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Na mídia: “UEL pode entrar em colapso”, afirmam grevistas

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Um quadro preocupante, que pode levar ao colapso da maior instituição pública de ensino superior de Londrina e região. Esta foi a principal constatação da reunião pública realizada na manhã da última sexta-feira (19), na Câmara de Londrina, para debater a pauta de reivindicações de professores, funcionários e estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Hospital Universitário (HU). Os servidores estão em greve desde o dia 7 de maio. Vale lembrar que eles já haviam paralisado as atividades entre 12 de fevereiro e 18 de março. Ou seja, ao todo, são quase três meses sem atividades no campus.

O encontro realizado na sala de sessões do Legislativo foi coordenado pela vereadora Lenir de Assis (PT) e contou com a participação de lideranças do comando de greve, diretores do Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel) e do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da Universidade Estadual de Londrina (Assuel-Sindicato), professores, alunos e funcionários. Também estiveram presentes o pró-reitor de Recursos Humanos da UEL, Leandro Altimari, representando a reitora Berenice Jordão; a superintendente do HU, Elizabeth Ursi; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região (Sincoval), Roberto Martins; e a vereadora Elza Correia (PMDB).

Para o estudante de pós-graduação Lucas Godoy, a situação é desesperadora. "Não sabemos o que vai ser daqui para a frente." Assim como ele, vários presentes ao encontro falaram da situação de sucateamento que as instituições de ensino vêm enfrentando. "O governo se nega a nos conceder o direito constitucional da reposição da inflação na data-base. Mas nossa pauta de reivindicações vai além das questões salariais", lembrou o professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina, Sinival Pitaguari.

Participação da sociedade – A vereadora Lenir de Assis lembrou que o objetivo da reunião e das ações que serão desenvolvidas daqui para a frente é socializar a pauta de reivindicações. "O envolvimento da sociedade com uma greve como esta não se restringe aos funcionários públicos, mas a toda a sociedade que usufrui dos serviços ofertados pelos equipamentos públicos do Estado."

Ao final do encontro, a vereadora avaliou que a reunião foi importante para a comunidade tomar ciência do que é perder um patrimônio como a UEL e todos os serviços por ela ofertados. "Ficou claro que se não houver investimento imediato em verba de custeio e contratação de pessoal, a universidade entra em colapso até 2018." Lenir lamentou, porém, que embora 37 instituições representativas da sociedade civil organizada tenham sido convidadas, não houve participação efetiva da comunidade na reunião.

A partir das sugestões dos participantes, foram elaboradas várias propostas, que incluem a criação de um Fórum de Defesa da Educação Pública, com participação de representantes do governo municipal, Ministério Público, Sindicatos dos professores e dos servidores técnicos, estudantes e deputados da região. Deverá ainda ser elaborada uma carta em nome da comunidade londrinense ao governo do Estado expondo todos os problemas vividos hoje na UEL e relatados durante o encontro desta manhã, além da formação de uma comissão para visitar pessoalmente instituições representativas da sociedade civil e expor a situação e os motivos da continuidade da greve.

Ao mesmo tempo, também deverá ser preparado um documento específico sobre o sucateamento da universidade e todos os serviços prestados pela instituição que será encaminhado ao Ministério Público, reivindicando providências, e criação de um canal de comunicação com a Federação dos Sindicatos Varejistas do Paraná para divulgar informações sobre a grave situação enfrentada pelas instituições públicas de ensino superior além dos possíveis prejuízos ao comércio. como forma fortalecer o apoio da sociedade ao movimento.

Fonte: Portal Bonde

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