BRASIL DE FATO: Na manhã desta quinta-feira (05), cerca de 2.500 trabalhadores da General Motors (GM) realizaram uma passeata em protesto contra a ameaça de demissão em massa na fábrica que funciona em São José dos Campos (SP). A manifestação integra a Campanha em Defesa do Emprego na GM, encabeçada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, sob o mote “SOS Emprego – A GM não pode virar as costas para São José”.
Os metalúrgicos seguiram da Avenida General Motors até o bolsão de estacionamentos da montadora com faixas e bandeiras que exigiam a manutenção dos empregos e investimentos na fábrica da GM no município. Os trabalhadores também criticaram a redução do IPI concedido pelo governo federal às montadoras: “IPI Reduzido, emprego perdido”, dizia uma das faixas.
Foi agendada para o dia 17 de julho uma reunião com o ministro do Trabalho, Brizola Neto, para discutir a ameça de fechamento do setor de Montagem de Veículos Automotores (MVA), que poderá resultar na demissão dos 1.500 funcionários que nele trabalham.
O protesto realizado nesta quinta-feira pelos trabalhadores é o primeiro de uma série de atividades programadas para chamar a atenção da sociedade sobre o risco de demissão em massa na GM, segundo informa em nota o sindicato. “Nos próximos dias devem acontecer novas manifestações, incluindo uma caravana para Brasília, um ato nacional entre diferentes sindicatos e centrais sindicais e atos em frente à concessionárias Chevrolet”, afirma o sindicato.
Segundo o presidente do sindicato Antonio Ferreira de Barros, “o setor automotivo não tem motivos para reclamar. As vendas estão em alta, o setor é o maior beneficiado pelo pacote de incentivos do governo federal e, mesmo assim, a política de demissões continua”.
Demissões voluntárias
A General Motors encerrou, na última segunda-feira (2), o segundo Programa de Demissão Voluntária (PDV) realizado neste ano na fábrica de São José dos Campos. De acordo com o sindicato, 170 trabalhadores aderiram ao programa. No primeiro PDV, realizado entre os dias 5 e 15 de junho, foram demitidos 186 trabalhadores. Com isso, a montadora contabiliza 356 demissões em apenas um mês.
Em reunião com o sindicato no dia 29 de junho, a GM anunciou que irá reduzir ainda mais a produção na fábrica e, em decorrência, tomará medidas drásticas em relação à mão de obra excedente, entre elas, o PDV.
Fonte: Jornal Brasil de Fato
