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Na mídia: Trabalhadores param produção da GM por 24 horas

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BRASIL DE FATO: Os metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) realizam nesta segunda-feira (16) uma paralisação de 24 horas contra a ameaça de demissão em massa com o fechamento de uma das linhas de montagem da fábrica. 

Os trabalhadores do primeiro turno dos setores de Montagem de Veículos Automotores (MVA) e da S10 aprovaram a greve em assembleia nesta manhã em frente à montadora. À tarde, os trabalhadores do segundo turno também aderiram à paralisação. Com isso, 100% da produção permanece parada, deixando de ser produzidos cerca de 750 veículos. A fábrica possui em torno de 7.500 trabalhadores. Eles estavam em estado de greve desde a última quinta-feira (12), quando realizaram uma paralisação de advertência de duas horas.

As mobilizações fazem parte da Campanha SOS Empregos, encabeçada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos em defesa da manutenção dos postos de trabalho na fábrica. "Vamos aumentar a pressão até que a GM garanta a estabilidade no emprego aos trabalhadores. Não dá para aceitar que a empresa seja beneficiada com dinheiro público e ainda assim faça demissões", disse o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, durante a assembleia.

A greve ocorre um dia antes da reunião agendada para esta terça-feira (17) com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto de Carvalho, em Brasília (DF), para discutir a situação da fábrica e dos empregos. Para o sindicato, o governo federal deve intervir a favor dos empregos na montadora, já que a empresa é uma das beneficiadas pelo pacote de isenções fiscais e pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Se a GM insistir nas demissões, o governo tem de cortar todos os benefícios da empresa", afirmou Macapá.

Demissões

A ameaça de demissão em massa surgiu no dia 29 de junho com o anúncio da GM de que fecharia o setor MVA, no qual trabalham 1.500 funcionários. Desde o início de junho, a montadora realizou dois Programa de Demissões Voluntárias (PDV) na fábrica de São José dos Campos, que terminaram com a demissão de 356 trabalhadores.

De acordo com o sindicato, em reunião realizada na quinta-feira na Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo, a GM se negou a atender a pauta de reivindicações dos trabalhadores e alegou que "a situação do mercado" é que iria definir a situação do setor.

Uma comissão de trabalhadores deve ir até Brasília na quarta-feira (18) para dar continuidade à mobilização. Estão previstas, ainda, manifestações em frente a concessionárias Chevrolet e um ato nacional com a participação de sindicatos e centrais sindicais, em datas a serem definidas.

Fonte: Brasil de Fato

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