PORTAL NOTA 10: Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (23), professores da rede municipal de ensino decidiram adiar a data para o indicativo de greve. Inicialmente, a paralisação ocorreria no próximo dia 29, mas foi remarcada para o dia 14 de março. O objetivo é disponibilizar um prazo maior para as negociações com a prefeitura.
Esta foi considerada a maior assembleia dos professores da rede municipal nos últimos anos. Integrante da diretoria do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Rafael Alencar Furtado destaca que aproximadamente 400 professores estiveram presentes, e 126 das 181 escolas municipais da capital foram representadas no encontro.
Neste sábado (25), a categoria realiza panfletagem na Praça Santos Andrade, no centro, em ação conjunta com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), que mobiliza todas as categorias de servidores em defesa do piso salarial. Na próxima segunda-feira (27), ocorre uma nova reunião com a prefeitura. Na oportunidade, a administração do município entregará o calendário de negociações.
“Ocorreu um grande atraso por parte da prefeitura, mesmo com a entrega da pauta de reivindicações no mês de dezembro. Somente agora haverá a reunião para a entrega do calendário de negociações”, diz Rafael.
Para o dia 29, o Sismmac agendou paralisação de 33 minutos no início das aulas, e distribuirá panfletos em frente às escolas para envolver pais e alunos sobre a importância da mobilização. No dia 8 de março, uma nova assembleia poderá referendar definitivamente a greve para o dia 14, conforme o resultado das primeiras negociações com a prefeitura.
As principais reivindicações dos professores compreendem o aumento de 50% no salário inicial, dos atuais R$ 1.200 para R$ 1.800, melhores condições de trabalho, plano de carreira e utilização do Instituto Curitiba de Saúde (ICS). A melhoria da qualidade do atendimento deste serviço, caso ocorra, beneficiará professores ativos e aposentados.
A categoria reivindica ainda o cumprimento da lei federal que constitui 30% de hora-atividade e a redução do número de alunos em sala de aula. O Sismmac tentou adiantar as negociações para o início deste mês, para que as alterações salariais pudessem entrar em vigor em abril. No entanto, a prefeitura afirmou que as reivindicações estão em análise, e não foi possível antecipar as negociações.