Os servidores municipais de Curitiba podem votar, na noite de hoje, um indicativo de greve geral. Uma assembleia que seria realizada no dia 16 de dezembro foi antecipada para que a categoria discuta as mudanças na Lei Orgânica do Município (LOM) que provoca perdas de direitos trabalhistas do funcionalismo, como a isonomia e a data base. Os professores do magistério municipal já aprovaram o indicativo para fevereiro de 2012.
Na semana passada a bancada de apoio à Prefeitura na Câmara aprovou a mudança na legislação e acabou com a isonomia no funcionalismo — que significa que profissionais com formação e atuação semelhante não precisam mais ter salários compatíveis. Também foi retirada da lei a obrigatoriedade da data base e da reposição atuomática da inflação.
A assembleia também vai discutir a a campanha de lutas para 2012, que tem o grande objetivo de garantir que nenhum servidor ganhe menos de R$ 1,5 mil de vencimento. A assembleia acontece às 19 horas, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc).
A revisão em 122 dos 214 artigos da LOM, ai incluidos os dois polêmicos que retiraram os direitos trabalhistas, ainda passará, na próxima sexta-feira, pelo segundo turno de votação.
Magistério — Se a Prefeitura não mantiver a garantia da data-base e do direito à isonomia dos servidores, além de negociar as melhorias apresentadas na Pauta de Reivindicações, os professores que atuam nas mais de 300 unidades de ensino municipal de Curitiba da rede cruzarão os braços a partir do dia 29 de fevereiro de 2012. A posição foi aprovada em assembleia realizada no dia 7 de dezembro. A categoria se reúne em assembleia para reavaliar o indicativo de greve no dia 23 de fevereiro.
Greve — Hoje estava previsto o início da greve de cerca de 150 funcionários da empresa Viaplan Engenharia Ltda. que prestam serviços de poda, coleta de resíduos vegetais, entulhos e animais para a Prefeitura de Curitiba. Segundo o sindicato da categoria divulgou na sexta-feira passada, a empresa cortou o pagamento da insalubridade e não está respeitando cláusulas da Convenção Coletiva.