Os professores das escolas municipais que oferecem ensino da 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental vão apresentar reivindicações para a Prefeitura de Curitiba. Eles devem aproveitar uma reunião, que já estava marcada previamente com a administração municipal para a próxima segunda-feira (29), para pedir mudanças na jornada de trabalho. Professores de nove das onze escolas de 5ª a 8ª séries de Curitiba se reuniram na noite desta terça-feira (23) para discutir a pauta de reivindicações.
Segundo Andressa Fochesatto, diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), os professores possuem uma jornada de trabalho de 20 horas semanais corridas (chamadas também de hora relógio). A categoria quer a mudança para o padrão de horas/aula, como ocorre em escolas públicas de outros municípios e do Estado.
Os professores também reclamam da forma como está sendo implantada a jornada de 4 horas e meia para os alunos por dia. Três escolas estão passando por este processo e o restante deve adotar o novo sistema até 2012, de acordo com a diretora. A categoria ainda pede a implantação da Lei do Piso nas escolas municipais de Curitiba. A legislação garante, entre outros, o destino de 33% da carga de trabalho para horas/atividade, que abrangem a preparação de aulas e a correção de provas. "Hoje, os professores fazem 20%. E nem todos conseguem pela falta de profissionais nas escolas", comenta Fochesatto.
Os professores que participaram da reunião desta terça-feira decidiram fazer panfletos sobre as reivindicações e entregar o material para os pais dos alunos, com o objetivo de envolver a comunidade escolar para as solicitações. Além disto, a categoria vai levar a pauta para a reunião da próxima segunda-feira e tentar marcar uma audiência pública sobre o assunto.
A reportagem de O Estado procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba, que ainda não repassou o posicionamento sobre as reivindicações dos professores.
Fonte: O Estado do Paraná