Na quinta-feira (15), professores das 11 escolas de 5.ª a 8.ª séries da rede municipal de Curitiba realizam um ato público em frente à prefeitura. A manifestação será para garantir que a categoria seja recebida em audiência pública pelo prefeito Luciano Ducci e por outros gestores da área de educação para debater os principais problemas enfrentados nas escolas.
Representantes do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) estiveram reunidos, no último dia 29, com a Superintendência de Gestão Educacional e com a Superintendência de Recursos Humanos da Prefeitura para agendar a audiência. A administração se comprometeu a encaminhar uma proposta de data para a realização da audiência, o que não foi cumprido.
Em busca do direito de serem ouvidos, os docentes paralisarão as atividades a partir das 10 horas de quinta-feira e irão ao Palácio das Araucárias. Neste dia, as aulas terão apenas 30 minutos de duração, com a realização da tradicional “operação tartaruga”.
Entre as principais reivindicações dos educadores está a questão da determinação da Secretaria Municipal de Educação, no mês de agosto, para que as escolas de 5.ª a 8.ª séries retomassem as 4,5 horas diárias em detrimento do turno de cinco horas, que foi implementado pela prefeitura no primeiro semestre de 2010.
Segundo o Sismmac, essa mudança foi feita às pressas e sem o devido debate com a categoria, e deixou em evidência os problemas vividos pelos professores que lecionam na rede municipal. As principais dificuldades são sobrecarga de trabalho, falta de profissionais, imposição de horas-extras e substituição de concursados por temporários contratados via Processo Seletivo Simplificado (PSS).
Os professores de 5.ª a 8.ª séries iniciaram o processo de mobilização para exigir melhores condições de trabalho e valorização da classe. Os educadores realizaram uma reunião com o Sindicato no dia 23 e panfletagem para os pais de alunos no dia 30.
Pauta de reivindicação dos professores de 5.ª a 8.ª séries:
1) Adoção da jornada de 4,5h diária com hora-aula de 50 minutos, permanência concentrada e dia sem vínculo semanal.
2) Contratação de mais professores para acabar com o grande déficit existente hoje na rede municipal de Curitiba e para acabar com as práticas da substituição de aulas e da contratação precarizada.
3) Cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional, que estabelece, entre outros pontos: hora-atividade de no mínimo 1/3 da jornada de trabalho.