RADIOAGÊNCIA NP: Os metroviários e ferroviários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) retornaram ao trabalho nesta quinta-feira (21). A greve já durava quase 40 dias e compreendia os metrôs de Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), além dos trens de Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Natal (RN).
A suspensão da paralisação foi decidida depois que o Superior Tribunal do Trabalho (TST) adiantou o julgamento do dissídio coletivo, marcado para 13 de agosto, para a próxima terça-feira(26). O movimento reivindica também bonificação atrelada ao aumento do número de passageiros, plano de saúde integral e adicional noturno de 50%.
Segundo o diretor da Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Narciso Fernandes Soares, os trabalhadores esperam que o TST discuta também as outras reivindicações.
“Com a visão de que no julgamento não vai ser analisado somente o dissídio, mas também outras pautas, inclusive o sindicato está fazendo um dossiê para ser entregue no TST, então se suspendeu por este motivo”, disse o diretor da Fenametro.
Para Soares, um dos principais problemas do setor é a falta de investimento público, que tem se focado no transporte individual. As verbas normalmente são destinadas para rodovias e as políticas adotadas são para a compra de automóveis, como no caso da redução do IPI para carros.
“A gente está até lançando uma campanha nacional que é por investimento de 2% do PIB priorizando o serviço metroviário, que é um serviço de alta capacidade, público e estatal de qualidade", relata Soares.
Durante o período de greve, os metrôs e trens funcionavam somente nos horários de pico. Os trabalhadores chegaram a sugerir que as catracas do metrô fossem liberadas. Neste caso, voltariam a trabalhar em horário integral, mas a proposta não foi aceita pela empresa.
Fonte: Daniele Silveira – Radioagência NP
