JORNAL DO ESTADO: Os cirurgiões-dentistas da Prefeitura de Curitiba fazem, amanhã, mais uma assembleia para discutir a reivindicação de isonomia da categoria com a classe médica. Eles reclamam que, embora cumpram horário de trabalho semelhante e tenham as mesmas resonsabilidades na área da saúde no município, são desvalorizados pelo poder público.
Desde que o prefeito Luciano Ducci anunciou um pacote de benefícios que atendiam apenas a pequena parcela do funcionalismo, os cirurgiões-dentistas estão em negociação. No mês passado, a Prefeitura ofereceu um reajuste de 10% a partir de janeiro do ano que vem e mais 10% em 2013, aliado à redução da gratificação do saúde da família. A medida foi rejeitada pela comissão de negociação dos trabalhadores, que insiste na isonomia em relação aos médicos.
Também desde o mês passado, a categoria trabalha com faixas pretas no braço, um sinal do descontentamento da classe com a política salarial em Curitiba. Eles ainda cobram a participação de secretários municipais ou até do prefeito nas negociações.
ICS — Os problemas na área da saúde também se estende ao atendimento aos servidores públicos. No próximo dia 20 de setembro os servidores municipais devem realizar um ato público em frente à Prefeitura, cobrando uma revisão no regulamento do Instituto Curitiba de Saúde (ICS).
Em agosto a Prefeitura alterou a forma de cobrança do servidor e implemntou outras regras, que foram aprovadas pelo conselho do ICS. Em assembleia unificada no dia 31 de agosto, os trabalhadores aprovaram repúdio às novas regras que foram consideradas lesivas ao servidor público.
Os trabalhadores são contra a cobrança de 100% de multa pela falta a consultas, rajuste nos valores pagos pelos servidores que podem ser realizados a qualquer momento, participação de 30% nas consultas com especialidades e exames, incluindo serviços realizados dentro do ICS, nas internações psiquiátricas será cobrada 30% do servidor a partir do 31º dia, a carência para dependentes e joia para titulares fica mantida, a gestão continua nas mãos da administração, além de ficar mantido o desconto dos R$ 250 de remuneração variável.
Um dos principais impasses é o fato de que os trabalhadores não foram chamados para participar da construção da proposta de regulamento.
Ação — O Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) está organizando uma nova ação coletiva para os servidores sindicalizados. Desta vez, o objetivo é corrigir uma distorção nos salários criada com a implantação da lei 12.350 de 2007. O problema foi gerado porque a lei igualou os salários de servidores antigos aos novos, sem considerar os crescimentos vertical e horizontal. A ação visa garantir que os percentuais dados a quem ganhava abaixo do salário mínimo, naquele período, seja aplicado proporcionalmente aos que ganhavam acima.
