NOTA 10: A contraproposta elaborada pelos professores das instituições federais de ensino superior foi entregue a parlamentares nesta quarta-feira (22) pelo Comando de Greve do Sindicato Nacional que representa a categoria (Andes-SN). Na manhã desta quinta-feira (23) o documento, que solicita a reestruturação do plano de carreira, foi protocolado nos ministérios do Planejamento e da Educação.
De acordo com a contraproposta os professores abrem mão de reajustes e priorizam a reestruturação da carreira. Os docentes pedem que a cada degrau de progressão o nível remuneratório seja de 4%. Anteriormente a exigência era por 5%. A categoria também optou por acatar o piso inicial de carreira proposto pelo governo, de R$ 2 mil. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) considera como ideal o piso de R$ 2,5 mil, mas os professores desistiram de pleitear por esse valor.
"Abrimos mão de reajustes salariais em defesa dos conceitos que recompõem a estrutura da nossa carreira, que vem sendo destruída ao longo dos anos. Projetamos a contraproposta dentro da amplitude remuneratória do governo. Desta forma, mostramos que é possível reestruturar a carreira dentro dos limites remuneratórios que o próprio governo estipulou", disse o 1º vice-presidente do Andes-SN, Luiz Henrique Schuch.
Apesar da entrega do documento, a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento afirma que as negociações, encerradas pelo governo federal em 3 de agosto, não serão retomadas. O término das negociações foi anunciado com a aceitação da proposta pelo Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes).
O Andes-SN contesta o fechamento das negociações e destaca que o Proifes é responsável por representar a minoria dos docentes. Além do Andes-SN, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), também rejeitou a proposta governamental de reajuste de 20% a 45%.
Fonte: Redação Portal Nota 10