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Na mídia: Câmara de Ponta Grossa rejeita emenda contra direitos LGBTs no Plano Municipal de Educação

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Com 15 votos contra quatro, os vereadores de Ponta Grossa rejeitaram a emenda da bancada evangélica que eliminava ‘cidadania e direitos LGBT’ do Plano Municipal de Educação (PME). Apresentada pelo vereador Pastor Luiz Bertoldo (PRB), a proposta pretendia excluir as discussões de gênero e diversidade sexual das diretrizes do ensino básico, fundamental, médio e superior do município nos próximos dez anos.

Professores da rede municipal de ensino lotaram as galerias da Câmara para protestar contra as modificações promovidas pela bancada e os pastores chegaram a pedir interrupção da sessão por duas vezes, sem sucesso. Para as educadoras, as modificações estimulariam o preconceito nas escolas no município. “Temos nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) alunos sob tutela de casais em uma união homoafetiva, é uma questão de respeito que elas sejam contempladas pelo PME”, explica a diretora da Secretaria de Educação, Patrícia Freitas.

Uma das alterações que mais preocupou as educadoras foi a tentativa de excluir políticas de combate à evasão escolar motivada por preconceito de gênero ou orientação sexual das diretrizes curriculares dos próximos dez anos. Presidente da Comissão de Educação do Legislativo, o vereador Izaías Salustiano (PSDC) saiu em defesa do PME e orientou a derrubada da emenda da bancada evangélica. “Com esse plano, nós vamos evitar que qualquer pessoa, por qualquer motivo, passe por situações vexatórias nas nossas escolas”, disse. “Respeitar a individualidade do ser humano não significa orientar o que ele deve ser. Nós não vamos ter disciplina ensinando o que é ser homem ou ser mulher”, completou.

O vereador Delmar Pimentel (PP) também foi um dos parlamentares contrários à emenda dos pastores. “Nós temos que aceitar a diversidade para que não aconteça as atrocidades que estão acontecendo. Nós não podemos extinguir o movimento gay, lésbico, de cor, nada”, defendeu.
Sob protestos e vaias, o líder da bancada evangélica Pastor Ezequiel Bueno (PRB) negou haver preconceito na emenda. “Não estamos sendo preconceituosos, a questão de bullying não precisa estar no plano”, disse. “Uma coisa é dizer que eu respeito, outra é aceitar”, concluiu.

EDUCAÇÃO
‘Emenda é homofóbica’, diz Núcleo
O coordenador do departamento de Diversidade do Núcleo Regional de Educação (NRE), Sandro Rosa, acompanhou a votação do Plano Municipal de Educação (PME) ao lado dos professores de Ponta Grossa. “A emenda se torna homofóbica a partir do momento que exclui grupos sociais LGBTs. É importante lembrar que a escola não está fora da sociedade”, disse. A emenda articulada pela bancada evangélica excluía a ‘educação de gênero e sexualidade’, ‘diversidade sexual’ e ‘cidadania e direitos humanos LGBT’ de todos os artigos do PME, entre eles, a implementação de políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito.

Fonte: Jornal da Manhã

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