Veronice T. Bressan Murai
Participo de corridas há algum tempo. É duro completar 60 anos e sentir-se discriminada pela nossa Secretaria de Esporte e Lazer e por outras entidades organizadoras de corridas. Isto em pleno século XXI.
Para que a competição seja mais justa, as corridas são divididas em faixas etárias de cinco em cinco anos, devido aos fatores físico e biológico. Assim determina a Confederação Nacional de Atletismo. Para nós, mulheres idosas, a categoria acaba aos 59 anos, segundo a SMEL. As corridas rústicas promovidas pela secretaria e quase todas as outras de Curitiba seguem o mesmo esquema.
Um exemplo de valorização da mulher idosa temos com Tadeu Natálio, diretor e organizador do Procorrer, que nos contempla com as categorias 60/64 anos e acima de 65 anos. Na corrida feminina participaram 49 mulheres nestas duas categorias.
Em Curitiba temos mais de 55 corredoras entre 60 e 76 anos. Por que a SMEL insiste em negar mais uma ou duas categorias? A secretaria ainda nã percebeu por que as mulheres deixam de participar após completarem 60 anos? É um absurdo mulheres de 76, 73 e 69 anos competirem com outras de 56 ou 57 anos. A diferença biológica é imensa. Assim, essas senhoras se sentem humilhadas, desvalorizadas e sem categoria.
Quando é que vão fazer justiça e nos dar esse direito de igualdade com o masculino?
Esse mesmo protesto e pedido estendo a todas as corridas rústicas de Curitiba, Paraná e Santa Catarina.
Nós, mulheres idosas, esperamos que nos respeitem e nos valorizem. Queremos igualdade ao masculino na organização das faixas etárias.