A direção do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (SISMMAC) vem a público manifestar seu apoio à greve dos professores estaduais de Goiás, que estão paralisados desde o dia 6 de fevereiro. Consideramos essa movimentação legítima, pois é só com a luta pela valorização da categoria que os trabalhadores conquistam melhorias para a educação pública.
Os professores de Goiás protestam contra o achatamento da carreira feito pelo governo estadual, que retirou a gratificação de titularidade dos professores, o que causará prejuízos irreparáveis a eles. Além de tudo, isso desestimula o ingresso e a permanência na carreira do magistério público, cada vez menos valorizado. Com professores tendo que lidar com péssimas condições de trabalho, a qualidade do ensino público também é prejudicada.
Os ataques não param por aí: a carreira dos administrativos também teve achatamento no início deste ano, quando o governo não repassou o reajuste do salário mínimo para toda a categoria e ainda não garantiu a data-base. Os aposentados têm ainda mais prejuízos, pois não terão a chance de repor por meio de gratificação de desempenho as perdas salariais originadas com o fim da gratificação de titularidade e com o achatamento salarial.
A direção do SISMMAC acredita que somente mobilizados e organizados os trabalhadores da educação poderão construir uma educação pública de qualidade. Os professores de Goiás deflagraram greve, pois esse foi o último recurso possível, visto que o governo do estado não deu resposta às reivindicações da categoria. Além disso, a paralisação é um instrumento fundamental dos trabalhadores na luta por melhores condições de trabalho. Os professores têm o direito de negociar as suas condições de trabalho e perspectivas de carreira, para um trabalho digno e valorizado.
Esperamos que o governador de Goiás, Marconi Perillo, abra o canal de negociação com os professores estaduais. É fundamental que sejam encaminhadas, com urgência, propostas concretas para as reivindicações dos professores de Goiás: Retorno das alterações feitas à Lei nº 13.909, de 25 de setembro de 2001, sobretudo, a Gratificação de Titularidade; Respeito à carreira do magistério, dos/as administrativos/as e dos/as aposentados/as; Reformulação da tabela do Pessoal do Quadro Transitório do Magistério – QTM; Garantia das condições adequadas de trabalho; Concurso Público para professores/as e funcionários/as administrativos/as.
A garantia dessas reivindicações não representa ganhos somente aos professores, mas para a educação pública em geral.
Pela valorização da educação, apoiamos irrestritamente a luta dos professores de Goiás!