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Milhares de paranaenses participam de protestos contra a corrupção

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Em Curitiba e mais 15 cidades do Estado foram realizadas manifestações em repúdio aos esquemas que mantinham contratados laranjas e funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa. Os organizadores não divulgaram números, mas a Boca Maldita, em Curitiba, ficou repleta, revivendo o clima da campanha pelas eleições diretas, em 1984.

Participaram as centrais sindicais, entidades estudantis, partidos políticos muitas outras entidades da sociedade civil, com bandeiras, camisas, cartazes e broches. O Sismmac participa do movimento e sua diretoria compareceu ao ato.

As investigações sobre corrupção na Assembleia legislativa indicam como principal responsável pelo esquema o ex-diretor geral da Casa Abib Miguel. Conhecido como Bibinho, ocupava o cargo desde os tempos de Anibal Cury.

Segundo o Ministério Público Estadual (MP), já foi comprovado o desvio de R$ 26 milhões, mas o rombo pode ultrapassar os R$ 100 milhões.

As manifestações foram encabeçadas pela seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) defendem o afastamento da Mesa Diretora da Assembleia e outras medidas moralizadoras. Foi entregue aos deputados presentes uma proposta de projeto de lei que pretende garantir a transparência no poder público.

Receberam o projeto os deputados estaduais Tadeu Veneri (PT), Marcelo Rangel (PPS) e Ney Leprevost (PP). Segundo Veneri, a ideia é fazer com que os 54 integrantes da Assembleia assinem a proposta, dando apoio ao projeto, para agilizar sua tramitação. A intenção é que o projeto seja aprovado ainda neste semestre.

As regras estabelecidas pelo projeto se estendem para os três poderes do estado, incluindo o Ministério Público, Tribunal de Contas, empresas públicas, autarquias e fundações. Todos teriam de publicar seus atos em no máximo 30 dias e nos Diários Oficiais do governo do estado. Quem descumprir será multado e responderá por improbidade administrativa.

O movimento “O Paraná que Queremos” defende:
• Afastamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
• Implantação de um modelo de “Observatório Social” que fiscalize e controle as ações do Legislativo.
• Apresentação, discussão e aprovação de um projeto lei para garantir a transparência em todos os órgãos públicos paranaenses.
• Contratação imediata de entidade de renome nacional para realizar levantamento da gestão administrativa (custos operacionais, patrimonial e pessoal) da Assembleia Legislativa. O objetivo é profissionalizar a gestão administrativa e implantar um plano de cargos e salários para os servidores, reduzindo os comissionados ao mínimo necessário.
• Preencher os cargos de rotina administrativa (inclusive dos gabinetes) com servidores concursados.
• Fixar mandato para os cargos de direção administrativa da Assembleia, com a possibilidade de apenas uma reeleição.

Com informações da Gazeta do Povo
Foto: Gladson Angeli/GP

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