Os trabalhadores do magistério municipal realizaram uma série de atividades nos dias 16 e 17 de agosto em defesa da aplicação da Lei do Piso em Curitiba. As manifestações tiveram como objetivo aprofundar a discussão sobre a Lei junto com as professoras e professores nas escolas e divulgar a importância do tema para a comunidade.
As atividades fazem parte da Jornada Nacional pela Implementação do Piso Salarial, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). No dia 16 de agosto, professores de diversos estados e municípios realizaram atos e paralisações para cobrar a implementação do piso salarial do magistério. Confira as atividades de cada estado aqui.
Debate das escolas
Ao longo do dia 16 de agosto, foram realizados debates nas escolas – durante o horário do recreio ou no final do dia letivo – para informar e mobilizar o magistério municipal sobre os direitos garantidos na Lei do Piso Nacional do Magistério que ainda não saíram do papel em Curitiba.
A principal reivindicação é o cumprimento de 33,33% de hora-atividade. A Lei determina que 1/3 da jornada de trabalho deve ser dedicada para preparação das aulas e formação continuada. Isso significa que os professores de Curitiba – que hoje cumprem apenas 4 horas de hora-atividade – deveriam ter, no mínimo, 7 horas.
Durante as conversas realizadas nas escolas, a direção do SISMMAC verificou que em muitas unidades de ensino as professoras e professores não têm conseguido cumprir nem mesmo as 4h de hora-atividade por causa da falta de professores na rede municipal. Para garantir esse direito e a ampliação que já está assegurada em lei, o sindicato aposta no processo de mobilização da categoria como forma de pressionar a prefeitura a contratar mais professores e a assegurar todas as condições necessárias para essa mudança.
A secretaria municipal de Educação apresentará a primeira resposta oficial sobre a Lei do Piso no próximo dia 29 de agosto.
Panfletagem em conjunto com a APP e Sinasep
Durante a manhã do dia 16 de agosto, a direção do SISMMAC participou de uma manifestação em conjunto com o sindicato dos professores da rede estadual e com os servidores de São José dos Pinhais.
Além de participarem do ato público, realizado na Boca Maldita, as professoras e professores entregaram panfletos produzidos para os pais de alunos visando dialogar com a polução sobre a situação da educação pública no município.
Manifestação na abertura do Sala Mundo
Para cobrar a aplicação da Lei do Piso em Curitiba e defender a qualidade da educação pública, o SISMMAC participou, no dia 17 de agosto, de uma manifestação realizada na abertura do encontro internacional de educação intitulado Sala Mundo.
O objetivo da manifestação foi cobrar dos gestores que participaram da cerimônia de abertura do evento – ministro da educação, governador do estado, prefeito de Curitiba e secretaria Municipal de Educação – mais investimentos e contratações para garantir a qualidade da educação pública. Professores da rede municipal, estadual e da Universidade Federal do Paraná, além de estudantes, participaram do ato público.
Curitiba foi escolhida para sediar o evento com a alegação de que é referencia na qualidade da educação pública. Entretanto, a cidade que é conhecida como “capital do conhecimento” não cumpre a lei do piso e submete as trabalhadoras e trabalhadores da educação a uma intensa sobrecarga de trabalho. A manifestação também serviu para mostrar que, diferentemente do que noticiam os gestores, a educação não vai tão bem no município e necessita, com urgência, de políticas que invistam na sua qualidade e na melhoria das condições de trabalho.
Inauguração do CMEI Miguel Arraes
No dia 17 de agosto, a diretoria do SISMMAC também acompanhou a inauguração do CMEI Miguel Arraes, no CIC. Durante a atividade, os diretores do Sindicato entregaram panfletos sobre a Lei do Piso para a comunidade e cobraram das autoridades presentes o compromisso de implementar a medida.
