Manifestação em solidariedade aos moradores do Pinheirinho reúne cerca de 70 pessoas em Curitiba

Nem mesmo a chuva fria que caía sobre Curitiba na tarde de ontem (23) impediu a realização do ato em solidariedade aos moradores da ocupação Pinheirinho, em São José do Campos (SP), que foram expulsos de suas casas de forma violenta pela Polícia Militar no último domingo.

A manifestação, organizada pelo Comitê Curitiba em Solidariedade ao Pinheirinho, reuniu cerca de 70 pessoas na Boca Maldita. A direção do SISMMAC esteve presente no ato para manifestar seu apoio à luta por moradia e ajudar na mobilização em defesa da desapropriação do terreno, que atualmente pertence ao especulador Naji Nahas, condenado por lavagem de dinheiro e corrupção.

O ato realizado em Curitiba fez parte de uma ação nacional em solidariedade aos moradores do Pinheiro. Além de Curitiba, em outras 12 cidades do país foram realizadas manifestações de apoio aos trabalhadores que por oito anos construíram suas vidas no terreno abandonado pela falida Selecta S/A, sem que o Estado garantisse qualquer serviço público ou saneamento básico.

As entidades que compõem o Comitê Curitiba em Solidariedade ao Pinheirinho se reúnem novamente nessa terça-feira, às 17h, para definir como dar continuidade às ações de solidariedade. A reunião acontece na sede do Sinditest-PR, que fica na Av. Agostinho de Leão Júnior, 177, próximo ao HC/UFPR.

Clique aqui para acessar o Jornal produzido pela Comissão de Sindicatos e Movimentos Sociais de São José dos Campos e região, que aborda de forma mais profundidade luta dos moradores do Pinheiro e os interesses que motivaram a violenta desocupação.

Ato de Solidariedade 

Mais comuns nos início dos anos 1980, os atos e manifestações de solidariedade entre diferentes categorias profissionais ou entre trabalhadores de diferentes localidades é uma forma de fortalecer a ação do conjunto da classe trabalhadora.

No caso da ocupação do Pinheirinho, os atos públicos servem também como instrumento para divulgar a luta dos moradores em outras cidades, furando assim o bloqueio feito pela imprensa comercial que divulgou de forma distorcida as informações sobre como as famílias foram expulsas de suas casas no domingo e sobre situação vivida pelos morados depois da desocupação.

Mantenha-se informado sobre a luta do Pinheirinho, ajude a divulgar as novas informações e participe do abaixo-assinado online contra a desocupação, que já conta mais de 2.500 assinaturas.

“Somos classe trabalhadora, somos todos Pinheirinho”.